Ana Cristina Campos - Repórter da Agência Brasil
O
governo brasileiro executará as medidas logísticas necessárias junto à polícia
italiana, dentro do prazo de 20 dias previsto no tratado de extradição entre os
dois países, para a entrega do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil
Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão, em 2013. A informação
foi divulgada hoje (24) em nota conjunta do Ministério da Justiça e da
Procuradoria-Geral da República.
Segundo
o comunicado, no fim da manhã desta sexta-feira (24), a embaixada brasileira em
Roma foi oficialmente notificada do deferimento, pelo Ministério da Justiça
italiano, da extradição de Pizzolato.
De
acordo com o governo a execução da extradição aguardava a aprovação do Poder
Executivo italiano, após autorização judicial publicada no dia 11 de fevereiro.
"No dia 13 de abril, o Estado brasileiro prestou informações
complementares relativas às condições de cumprimento de pena do extraditando no
território brasileiro, na ação penal proposta pelo procurador-geral da
República", informa a nota.
O
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, destacou a colaboração das
autoridades italianas e a atuação conjunta das autoridades públicas
brasileiras. "O processamento da extradição e a resposta aos pedidos de
informação feitos pela República italiana foram conduzidos de forma articulada
entre o Poder Judiciário, a Procuradoria-Geral da República e o Poder
Executivo, por intermédio do Ministério da Justiça, Advocacia-Geral da União e
[o] Ministério das Relações Exteriores, o que garantiu o sucesso da cooperação
internacional neste caso."
O
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, destacou que a atuação dos
ministérios públicos brasileiro e italiano e do Poder Executivo foi decisiva
para esse desfecho. "A PGR reconhece o empenho das autoridades italianas
para a concessão da extradição, o que confirma o fortalecimento da cooperação
bilateral em matéria penal em todos os planos", disse Janot, no
comunicado.
Pizzolato,
que tem cidadania italiana, foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a
12 anos e sete meses de prisão, no Brasil, por lavagem de dinheiro e peculato
na Ação Penal 470, o processo do mensalão, mas fugiu para a Itália com um
passaporte falso. Ele foi detido em fevereiro de 2014, em Maranello, por causa
da documentação irregular.
Fonte: Brasil 247