A Jeep antecipou nesta segunda-feira (27) o que a presidente
Dilma Rousseff verá nesta terça-feira (28) durante a inauguração oficial da
fábrica do Grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA), em Goiana. Além da
presidente, o evento contará com a presença do CEO Sérgio Marchionne. A
montadora fez uma prévia e abriu as portas da planta pernambucana com um dia de
antecedência. Trata-se da unidade fabril mais avançada do mundo do grupo, com
capacidade de produção de 250 mil unidades por ano.
A princípio, sai da fábrica de Goiana o utilitário-esportivo
Renegade, que teve a produção iniciada e já enche o pátio da unidade. Outros
modelos, inclusive da Fiat, também pertencente ao grupo, estão por vir da
unidade pernambucana. "Essa planta tem espaços modulados e a capacidade
pode ser ampliada para 600 mil carros por ano, de acordo com a
necessidade", revelou Denny Monti, diretor de Engenharia de Manufatura.
A planta
tem investimento de R$ 4 bilhões, mais R$ 2 bilhões de investimentos dos 16
sistemistas (fornecedores), que estão dentro do mesmo terreno para construir em
formato e velocidades dinâmicas, com perdas reduzidas e tempo cronometrado. A
proximidade garante uma maior nacionalização dos veículos produzidos em Goiana,
que chegará a 80%."Também garantimos maior agilidade na produção e
reduzimos os riscos com as mudanças cambiais", explicou Alfredo Fernandez,
diretor do Supplier Park.
Durante o pico da construção, cerca de 11 mil pessoas
trabalharam na implantação da unidade pernambucana, tanto na construção civil
quanto na montagem de máquinas e equipamentos. Hoje, são 7.574 nessas
atividades. "O processo segue em desmobilização para chegar a zero. Em
paralelo, a fase de operação iniciou o processo de contratação em
treinamento", contou Adauto Duarte, diretor de Recursos Humanos.
Até o momento, a fábrica pernambucana do grupo FCA gera 5.345
empregos, sendo 1.971 na planta, 2.524 no parque de fornecedores e 850 em
empresas terceirizadas. "Nosso objetivo era investir na mão de obra local.
Tanto que viemos um ano antes para estudar a região e entender a realidade local.
Hoje nosso quadro é formado por 78% de pernambucanos e 82% de
nordestinos", ressaltou Duarte.
Mais de 10 mil pessoas também estarão empregadas, somente na
operação, quando esta etapa chegar ao pico. "A ideia é que, no fim do ano,
sejam 9 mil pessoas atuando na operação do polo automotivo e voltar ao número
acima de 10 mil pessoas em 2016", destacou o diretor de Recursos Humanos.
"Vale ressaltar que, de todos os trabalhadores locais que atuam ou atuaram
no polo, 100% nunca havia trabalhado ou nunca teve contato com produção
automotiva", complementou.
Social. Para
se instalar em Goiana, a Jeep também investe no lado social da região. Para
isto, investiu em um hospital, que será entregue no final de maio e contará
também com trabalho voluntário, e também em uma escola em Igarassu que
funcionará em tempo integral a partir de meados deste ano.
Fonte:
Diário de Pernambuco