segunda-feira, 25 de maio de 2015

A HISTÓRIA SEGUNDO O JORNAL DO COMMERCIO

02 DE DEZEMBRO DE 1887 – ANIVERSÁRIO DE 62 ANOS DO IMPERADOR D. PEDRO II
Dom Pedro II do Brasil (de nome completo Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga) foi o segundo e último imperador do Brasil.

Dom Pedro II do Brasil (de nome completo Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga) foi o segundo e último imperador do Brasil. Governou de 1840, quando foi antecipada sua maioridade, até 1889 ano em que foi deposto com a proclamação da república brasileira. Além dos registros históricos e jornalísticos da época, Pedro II deixou à posteridade 5.500 páginas de seu diário registradas a lápis em 43 cadernos, além de correspondências, que nos possibilitam conhecer um pouco mais do seu perfil e pensamento.

Ele é, ainda hoje, um dos personagens mais admirados do cenário nacional, e é lembrado pela defesa à integridade da nação, ao incentivo à educação e cultura, pela defesa à abolição da escravidão e pela diplomacia e relações com personalidades internacionais, sendo considerado um príncipe filósofo por Lamartine, um neto de Marco Aurélio por Victor Hugo e um homem de ciência por Louis Pasteur e ganhando a admiração de pensadores como Charles Darwin, Richard Wagner, Henry Wadsworth Longfellow e Friedrich Nietzsche. 

Durante toda a sua administração como imperador, o Brasil viveu um período de estabilidade e desenvolvimento econômico e grande valorização da cultura, além de utilizar o patriotismo como força de defesa à integridade nacional. Apesar de, muitas vezes, demonstrar certo desgosto pelas intensas atividades políticas, o último imperador do Brasil construiu em torno de si uma aura de simpatia e confiança entre os brasileiros.

No Jornal do Commercio escreveu sob pseudônimo em um episódio de debate com José de Alencar. Começou com as Cartas sobre a Confederação dos Tamoios, publicadas em 1856, José de Alencar com o pseudônimo de Ig, no Diário do Rio de Janeiro, nas quais critica veementemente o poema épico de Domingos Gonçalves de Magalhães, favorito do Imperador e considerado então o chefe da literatura brasileira. Estabeleceu-se, entre ele e os amigos do poeta, apaixonada polêmica de que participou, sob pseudônimo, o próprio Pedro II.

Devido a esta popularidade no seu aniversário de 62 anos já adoentado, as páginas do Jornal do Commercio imortalizaram a parabenização ao Imperador assim:

“Completa hoje D. Pedro II 62 annos, e, se nunca este dia passou despercebido pelos Brazileiros, é para despertar-lhes ainda mais estremecido interesse, agora que Sua Magestade, ausente da patria, convalesce de enfermidade grave, que lhe poz em perigo a utilissima vida, tão operosamente consagrada ao bem do Brazil. O Imperador conhece a estima profunda, a sympathia vivaz, a gratidão indelevel com que ao seu acendrado patriotismo correspondem os Brazileiros, e são estes sentimentos que sua Magestade mais se ufana de haver tido a ventura de inspirar, podendo a todo momento interrogar a consciencia sem nenhum receio de exprobração por quebra de zelo no prolongado desempenho de sua missão elevada. O Brazil inteiro, sem distinção de matizes politicos, faz essa justiça ao seu Primeiro Magistrado: - não lhe conhece paixão mais intensa do que a do bem publico, nem a historia da realeza registra muitos exemplos de tão ardente actividade, applicada a direcção suprema dos negocios do Estado
(...)
A esta hora o Imperador pensará saudosíssimo na patria. A patria pensa nelle”

Fonte: Jornal do Commercio