247 – O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), diz não ter
se surpreendido com o tamanho do corte de gastos no Orçamento de 2015 anunciado
pelo governo, mas já sinaliza que o partido não aprovou a medida. Para ele,
"faltou equilíbrio" entre os cortes de investimentos e cortes de
custeio com a máquina pública. Segundo o parlamentar, cortou-se demais nas
emendas parlamentares e no PAC, se comparado com o corte nos gastos de custeio.
Por isso, acredita Picciani, o PMDB deve acelerar a aprovação do projeto de
emenda constitucional de autoria de Eduardo Cunha que limita em 20 o número de
Ministérios na Esplanada.
"Ainda não fiz uma análise detalhada do corte. Mas, a
princípio, os R$ 69,9 bilhões contingenciados estão dentro da margem
esperada", afirmou o deputado ao IG.
Questionado se a proposta terá uma boa aceitação no Congresso, Picciani diz que
"ainda precisaremos ver". "Ao que parece, foi um corte grande em
investimentos, especialmente no PAC e nas emendas parlamentares. Isso pode não
agradar muito. Esperávamos um corte maior no próprio governo, na área de
custeio da máquina pública", afirma.
O líder do PMDB afirma
ainda que na próxima semana terá que sentar com o governo e discutir os cortes
e diz que o partido defenderá a redução dos ministérios. "Para nós do PMDB
a questão é o corte dos gastos com a máquina. Por isso nós defendemos a redução
do número de ministérios. O projeto de emenda constitucional é de autoria do
presidente Eduardo Cunha e já teve sua admissibilidade aprovada na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ). Está aguardando apenas a instauração da Comissão
Especial".
Fonte: Brasil 247