Desde os bancos
escolares na adolescência, aprendi através do incentivo da grande e
querida mestra Maria Eulália Cantalice, há 102 anos e muito lúcida vivendo
entre nós pela graça divina, o hábito da boa leitura: poemas e romances, esses
os meus preferenciais até os dias de hoje, de autores clássicos da literatura
brasileira e ai, não pude mais parar e conheci obras de autores estrangeiros,
devidamente traduzidas para o português, é claro. Com isso, dediquei-me também
à leitura de autores nossos, e temos bons nesta região, dentre eles podendo
citar dois romances de Josildo Martins (ficção), lá de Mulungu: Atentado à compostura e Perfil. Conservo-os até hoje na minha simples
biblioteca.
A melhor coisa que me
aconteceu na vida até hoje, foi aprender a caminhar pela estrada da leitura,
pois nela conheci o livro, o maior amigo que se pode ter. É um companheiro
sincero que através da mensagem ali contida transmite conhecimento e aconselha
sabiamente, isso sem falar que torna o cidadão caseiro, unindo cada vez mais os
entes familiares, é claro.
E por gostar tanto de
leitura é que me sinto imensamente feliz quando sei que em algum lugar há
alguém que a pratique. Isso me dá uma satisfação imensurável.
Na última quinta-feira
conheci na UNOPAR desta cidade, o jovem professor Jocelino Tomaz que muito me
surpreendeu ao saber que tem a sua jovialidade voltada para desenvolver responsavelmente
nos amigos e juventude de Caiçara, importante cidade do Curimataú Paraibano, o
hábito da leitura, incluindo ai livros, revistas e gibis, pelo que se unindo a outros amigos criou a BARRACA DA LEITURA além
de um espaço denominado de LANCHOTECA ATITUDE. Ideias geniais, sem dúvida.
Caiçara é um
município pequeno e privilegiado, pois a sua juventude dá um exemplo dessa magnitude a muitos
municípios paraibanos de maior dimensão geográfica, populacional e econômica. Que beleza!
Ai está uma prova
inconteste de que quando se quer se faz, sem ter que esperar ações do poder
público, até porque se sabe por experiência própria que grande parte das lideranças
políticas deste país não tem e nem quer compromisso com a cultura e o
conhecimento, porque sabe melhor do que ninguém que ensinar a ler é no mínimo se arriscar a perder votos porque ao bom leitor dificilmente faltará o sufrágio crítico que o conduzirá a escolhas mais acertadas nas urnas.
Que Caiçara continue
nessa caminhada e se afirme como Cidade da Leitura conforme dissera o Secretário
de Cultura Lau Siqueira.