A seca prolongada levou o governo a decretar no
final de maio estado de calamidade pública em 27 municípios paraibanos, mas a
estiagem se prolonga e outras 64 cidades já entraram em racionamento. As chuvas
registradas do início do ano até agora, na Paraíba, somaram 1.730 milímetros de
água, o que representa o menor volume de precipitações dos últimos cinco anos,
conforme dados preliminares da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa). No
ano passado, o volume ficou em 2.880 milímetros.
A portaria da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa
Civil, órgão do Ministério da Integração Nacional, foi publicada recentemente
no Diário Oficial da União reconhece a situação de emergência em 27 dos 223
municípios paraibanos devido aos efeitos da seca. No total a Secretaria
Nacional de Proteção e Defesa Civil, órgão do Ministério da Integração
Nacional, reconheceu situação de emergência em 94 municípios do Nordeste. Além
da Paraíba, o Ceará registrou 67 municípios em situação de emergência, conforme
os dados da Sedec.
De acordo com o gerente executivo de Proteção e Defesa
Civil da Paraíba, George Sabóia, a nova lista de municípios divulgada ontem no
Diário Oficial da União corresponde a uma renovação da lista anterior. “Esses
municípios já estavam em situação de emergência e continuam assim. A lista
anterior saiu de vigor no começo deste mês, essa de agora é uma renovação”,
explicou Sabóia.
Os municípios que continuam em situação de emergência na
Paraíba são: Alagoa Grande, Alagoa Nova, Araçagi, Areia, Belém, Caldas Brandão,
Capim, Cuité de Mamanguape, Duas Estradas, Guarabira, Gurinhém, Juarez Távora,
Lagoa de Dentro, Mamanguape, Matinhas, Mulungu, Pilar, Pilões, Pirpirituba,
Pedro Régis, Rio Tinto, São José dos Ramos, São Miguel de Taipu, Serra da Raiz,
Serra Redonda, Sertãozinho e Sobrado.
Segundo o órgão do governo, após o reconhecimento de
situação de emergência pelo governo federal, o município pode pedir ajuda para
as ações de resposta, que são aquelas voltadas a socorro, assistência e
estabelecimento de serviços essenciais, e assim solicitar recursos para as
ações de reconstrução das áreas atingidas.
RACIONAMENTO. As poucas precipitações, agravadas pelo quarto ano
consecutivo de seca, fazem com que 64 municípios tenham que fazer racionamento
de água. São eles, Barra de São Miguel; Umbuzeiro; Areia; Campina
Grande; Barra de Santana; Caturité; Queimadas; Pocinhos;
Lagoa Seca; Matinhas; São Sebastião de Lagoa de Roça; Alagoa Nova;
Boqueirão; Boa Vista; Cabaceiras, Soledade, Juazeirinho,
Cubati, Pedra Lavrada; Olivedos; Sossêgo; São Vicente de Seridó; Barra de Santa
Rosa; Picuí; Frei Martinho; Nova Palmeira; Aroeiras;
Gado Bravo; Nazarezinho; Bom Sucesso; Brejo dos Santos;
Santa Cruz; Vieirópolis; Lastro; São Francisco; Riacho
dos Cavalos; Sousa; Marizópolis; Jericó; Mato Grosso, Itaporanga, Imaculada;
Belém; Caiçara; Logradouro; Alagoa Grande; Pirpirituba; Sertãozinho; Serra da Raiz; Duas Estradas; Lagoa de
Dentro; Pilões; Cajazeiras; São José de Piranhas; Monte
Horebe; Congo; Sumé; Monteiro; Prata; Ouro Velho;
São José dos Cordeiros; Serra Branca; Parari e Livramento.
Fonte: Portal PBAgora