Liderada
pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), pela Central Única dos
Trabalhadores (CUT) e pela União Nacional dos Estudantes (UNE), a coalizão de
entidades dos movimentos sociais e de partidos de esquerda escolheu o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ajuste fiscal do governo
como alvo de um ato político marcado para o dia 20, na Avenida Paulista, em São
Paulo.
Dois
partidos (PC do B e PSOL) e 21 entidades levarão para as ruas os motes
"Fora Cunha" e "Contra a direita e o ajuste fiscal". Sem
citar o nome da presidente Dilma Rousseff, o manifesto, cujo texto foi
finalizado na terça-feira, 4, diz que a política econômica do governo
"joga a conta nas costas do povo" e pede que "os ricos paguem
pela crise".
Apesar
do tom, o foco do movimento não é o Palácio do Planalto. Segundo organizadores,
a ideia é fazer um contraponto às manifestações pelo impeachment da presidente
marcadas para o dia 16 - e que, desta vez, contam com o apoio formal do PSDB.
"Diante dos ataques, a saída será pela mobilização nas ruas, defendendo o
aprofundamento da democracia", diz o documento.
Sobre
Cunha, as entidades dizem que o parlamentar representa "o retrocesso e um
ataque à democracia". Afirmam, ainda, que o peemedebista "transformou
a Câmara dos Deputados numa Casa da intolerância e da retirada de
direitos".
Além
do ato do dia 20, os movimentos sociais marcaram uma série de protestos a
partir do dia 7. Nessa data, as entidades vão acompanhar uma ação promovida
pelo PT em frente ao Instituto Lula em defesa do ex-presidente, em São Paulo.
Na semana passada, o local foi atingido por um artefato explosivo. Por meio de
nota, o PT disse ter sido alvo de um "ataque político" contra seu
prédio-sede.
Já
no dia 16, data dos protestos convocados pelos grupos anti-Dilma, parte das
entidades dos movimentos sociais fará uma vigília em frente à sede do instituto
para evitar eventuais tentativas de depredação. Os petistas temem que o local
seja alvo dos manifestantes favoráveis ao impeachment de Dilma.
Os
organizadores da agenda do dia 20 também prometem protestar contra a
terceirização, a redução da maioridade penal e a "entrega do pré-sal às
empresas estrangeiras". Com informações do Estadão Conteúdo. Fonte:
Notícias ao Minuto.