sábado, 24 de outubro de 2015

DIREITOS DO PODER, ENQUANTO DURE



Embora parecendo um absurdo o fato do deputado e presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ter a integridade física garantida por seguranças à entrada do condomínio onde reside com a família e quando ali está presente, é uma prerrogativa do cargo e todo mundo sabe disso desde que o homem estabeleceu o poder, há muitos e muitos séculos. Nada de novo está acontecendo não. 

Se o deputado Eduardo Cunha é isso ou aquilo, fez ou deixou de fazer algo de errado, é uma outra história da qual as autoridades federais estão cuidando de acordo com provas colhidas no cotidiano e de forma meticulosa,  até que se chegue definitivamente a uma conclusão. E segundo a grande imprensa, a cada dia que passa ele se envolve ainda mais nas malhas da corrupção. 

A palavra final que deve ser pronunciada pela justiça brasileira ainda não foi dita. Portanto, muita calma àqueles que já o entendem criminoso e terão que compreender os que não são leigos e ignorantes que ele continua no poder e exercendo-o plenamente, até que seja condenado ou cassado pelos seus pares. Mas até lá, continuará sendo presidente de um poder tão importante que na ausência de Dilma Rousseff e num impedimento de Michel Temer, é ele quem está na linha de sucessão imediata. 

Até sair da presidência da Câmara ou ser cassado como deputado, tem o direito de ter seguranças para garantir a sua integridade física sim. Nem é o primeiro e nem será o último a gozar desse privilégio. 

Enquanto isso, o povo fica a escutar notícias e a conversar, apenas, e não  sai dessa atitude comodista que em nada ajuda às autoridades da justiça na moralização da coisa pública e substituição dos maus por bons políticos. É preciso ir às ruas, de forma organizada e pacífica, demonstrar toda a sua insatisfação, da mesma forma que já o fez com Fernando Collor de Mello.