247 - O ministro da Justiça, José
Eduardo Cardozo, anunciou nesta terça-feira (10), que o novo valor da multa
para quem bloquear estradas será de R$ 5.746,00, valor antes fixado em R$
1.915,00. Quem organizar eventos terá de pagar R$ 19.154. Além disso, aqueles
que receberem multas também não poderão tomar crédito para a compra de veículos
por dez anos, informou o ministro. Uma Medida Provisória que prevê as novas
penas será editada pelo Planalto.
Com estas
medidas, o governo endurece sua atuação contra a greve dos caminhoneiros e atua
para impedir que haja desabastecimento em algum setor. A ordem é não deixar que
estradas sejam fechadas, impedindo o direito de ir e vir das pessoas. Para
isso, a Força Nacional irá auxiliar a Polícia Rodoviária Federal (PRF) na
desobstrução das estradas.
Segundo o
ministro, o movimento iniciado ontem é político e não apresentou uma pauta de
reivindicações para ser negociada com o governo. “Não podemos admitir que um
movimento político, sem nenhum viés de reivindicação para a categoria dos
caminhoneiros, possa trazer prejuízo à sociedade brasileira, possa trazer, apesar
de sua baixa intensidade, qualquer consequência e dano para quem quer que seja.
Portanto, atuaremos com vigor para evitar que estradas possam ter obstado seu
livre trânsito”, afirmou.
De acordo com
o último boletim da Polícia Rodoviária Federal, os caminhoneiros fazem 27
interdições em oito estados: Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato
Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins.
Segundo o
líder do Comando Nacional de Transporte, Ivar Luiz Schmidt, o movimento quer a
saída da presidente Dilma Rousseff da Presidência e conta com o apoio de grupos
como o Movimento Brasil Livre e Revoltados Online. O líder dos caminhoneiros
reclama ainda da falta de diálogo com o governo e da demora em dar início à
negociação. O movimento pede que o governo atenda à pauta apresentada em março.
Eles criticam ainda a atual situação econômica do país. Fonte: Brasil 247.
