A
Direção Estadual do PSOL/Paraíba, em reunião no dia 14 de dezembro, deliberou
seguir a posição da Direção Nacional do Partido e orientar a participação da
militância nos atos convocados nacionalmente para o dia 16 (quarta-feira) do
mesmo mês. Na Paraíba o ato foi convocado para Praça da Independência e terá
início às 15h. Segue panfleto que será distribuído pelo PSOL durante o ato.
1-
Os efeitos da crise econômica e política, aprofundadas pelas medidas do governo
federal, pesam especialmente sobre os trabalhadores e o povo, que sofrem a
violência do desemprego e da perda do poder de compra dos salários, enquanto os
grandes rentistas e os bancos ampliam seus lucros;
2-
Processo de impeachment tem previsão constitucional (arts. 85 e 86 da CF), mas
este, decidido por Eduardo Cunha (PMDB/RJ), construído num ambiente de
chantagens mútuas e posições oportunistas de todos os grandes partidos, foi descarada
retaliação, no marco de barganha que o deputado pratica permanentemente dentro
do Legislativo e fora dele. Cunha abusa de suas prerrogativas para salvar seu
mandato, atingido por denúncias robustas de corrupção, lavagem de dinheiro,
evasão de divisas, ocultação de bens e outros crimes. O PSOL já advoga há
tempos o afastamento de Cunha e não reconhece a validade de suas iniciativas;
3-
Destituir Dilma, a cujo governo antipopular nos opomos, para colocar em seu
lugar o Vice-presidente Michel Temer (PMDB), significaria aprofundar “uma ponte
para o futuro” que é mera continuidade do presente, pavimentada pelos materiais
do privatismo puro e duro;
4-
Para nós do PSOL, as saídas da crise só virão com ampla mobilização popular em
torno de reformas profundas, que instituam um novo modelo econômico, soberano,
igualitário e ambientalmente sustentável. Além de um modelo político, livre do
financiamento empresarial, que aprofunde a democratização do país, através do
qual as maiorias sociais possam se tornar as maiorias políticas, e a
transparência republicana, melhor antídoto à corrupção sistêmica.
Reforçamos nossa luta frontal contra Cunha e todos os
corruptos, e de oposição programática e de esquerda ao governo Dilma.