As vítimas são uma mulher de 44 anos e uma
criança que tem entre nove e dez anos, informou a reportagem do G1.
A mulher foi atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da
cidade no domingo (10) e retornou ao local na madrugada desta terça (12). Ela
contraiu uma infecção na perna e precisou ser transferida para o Hospital Irmã
Dulce, em Praia Grande. A criança foi atendida durante a tarde desta
terça-feira (12).
Quatro casos envolvendo bagres já foram registrados. O diretor
clínico da UPA de Itanhaém, Carlos Alberto Alonso Filho, considera que o caso
mais grave é o da mulher de 44 anos. Apesar da infecção clara, o médico diz que
é precipitado falar em amputação da perna. A identidade da vítima não foi
revelada.
"Ela chegou de madrugada na unidade e disse aos enfermeiros
que havia pisado em um saco de lixo onde tinha um bagre. Realmente o ferrão do
peixe estava no pé dela e foi retirado. Como a mulher também teve contato com o
lixo, houve uma infecção e causou erisipela [infecção na pele causada por
bactéria] quase até a coxa. Não posso afirmar que haverá amputação. É muito
precipitado. Ela tomou medicamentos e está sendo acompanhada", explicou o
médico.
A criança também deu entrada na unidade de saúde de Itanhaém com
ferimentos causados por um bagre. O médico contou que o menino estava
mergulhando na Praia do Centro, também conhecida como 'Praião', quando foi
'fisgado' no tornozelo por um bagre.
"A criança foi socorrida pela emergência e a equipe também
retirou o ferrão. Diferentemente dos primeiros casos [barriga e cotovelo] que
as vítimas ficaram com os bagres presos ao corpo, essas últimas ficaram apenas
com os ferrões. Ele foi medicado de tarde e liberado", informou.
BAGRES. Os
incidentes estão deixando moradores e turistas preocupados. O biólogo Alexandre
Pires Marceniuk, especialista em peixes marinho-estuarinos,
explicou ao G1 que a espécie não ataca humanos e que, no momento do acidente, os
animais provavelmente estavam mortos.
A publicação destaca que as regiões de Itanhaém onde os acidentes
aconteceram são próximas e marcadas pelo encontro do rio com o mar.
Segundo o
biólogo, é aconselhado que os banhistas estejam atentos já que os espinhos
podem causar graves ferimentos. "É como se fosse um anzol. Ele entra fácil
e é muito difícil de sair. Os ferrões causam uma infecção. Se alguém puxar o
espinho vai ser pior ainda porque pode causar uma dilaceração. Tem que ir ao
médico de qualquer jeito", alertou. Fonte:
Notícias ao Minuto.