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- O presidente
afastado da Câmara Federal , Eduardo Cunha (PMDB-RJ), entrou com uma
queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Jean Wyllys
(PSOL-RJ) por calúnia, difamação e injúria com base no que disse o parlamentar
durante a sessão na Casa que deu continuidade ao processo de impeachment contra
a presidente Dilma Rousseff.
De
acordo com Cunha, Wyllys teria cometido crimes contra sua honra durante a
sessão plenária de 17 de abril, quando o chamou de “ladrão” ao votar contra a
admissibilidade do processo de impeachment. “Eu quero dizer que eu estou
constrangido de participar dessa farsa sexista, dessa eleição indireta,
conduzida por um ladrão, urgida por um traidor, conspirador, apoiada por
torturadores, covardes, analfabetos políticos e vendidos”, disse Wyllys na
sessão.
A
defesa do peemedebista alega que o deputado do PSOL tinha “claro intuito de
levantar dúvida quanto à regularidade das suas condutas utilizando-se
premeditadamente de momento de grande atenção sobre as atividades do parlamento
brasileiro para ofendê-lo”.
Para
evitar “celeumas ainda maiores, tais quais enfrentamentos físicos que são
rotineiramente noticiados pela imprensa internacional”, a peça de Cunha ainda
cobra do Supremo uma providência “diante dos lamentáveis acontecimentos
verificados no âmbito do parlamento brasileiro para coibir excessos trazidos à
efeito por parlamentares que se aproveitam de suas prerrogativas para praticar
crimes, o que é muito mais grave do que uma quebra de decoro parlamentar”. Os
defensores de Cunha mencionam a cusparada que Wyllys deu no deputado Jair
Bolsonaro (PSC-RJ) logo após votar contra o impeachment de Dilma.
Em
nota, a assessoria de Wyllys acusa Cunha de “mais uma manobra desesperada para
calar denúncias”. O deputado afirma não ter dito nenhuma mentira sobre o seu
adversário, que tem como base a denúncia no âmbito da Lava Jato contra o
peemedebista. “Ser processado por Eduardo Cunha é um elogio que o enche de
orgulho. O deputado não vai se calar nem permitirá que o réu o intimide ou
ameace e continuará denunciando o golpe e defendendo a democracia como tem
feito até agora”, diz o comunicado. Fonte: Brasil 247.
OPINIÃO
DO BLOG: Lamentáveis cenas aconteceram durante
a votação do pedido de abertura do impeachment da presidente Dilma Rousseff,
incluindo-se o pronunciamento de muitos deputados federais com menção a Deus,
aos pais, aos familiares, exaltação a prefeito em pleno exercício do cargo
feita pela esposa deputada, exaltação a torturador da ditadura de 1964,
xingamentos violentos inclusive contra o próprio presidente da Câmara deputado
Eduardo Cunha, etc., etc. E a partir dai a própria famosa cusparada do deputado
Wyllys no deputado Bolsonaro, o que muito surpreendeu a sociedade brasileira.
Essa
é a Câmara que representa este bravo e tão explorado e enganado povo
brasileiro, e verdade se já dita, que todos os nossos eleitores se sintam
culpados por votar tão mal.