Carolina
Gonçalves, da Agência Brasil - Recorrendo
novamente às redes sociais para se manifestar sobre os últimos fatos divulgados
pela imprensa, o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), voltou hoje (16) a rechaçar o que chamou de "ilação
mentirosa": a possibilidade de se tornar delator da Operação Lava Jato.
Cunha disse que não tem qualquer conflito com outros clientes defendidos por
sua advogada, Fernanda Tortima.
A
advogada foi citada pelo jornal O Estado de S. Paulo, que destacou sua atuação
na defesa de outros nomes que negociaram delação premiada, como o ex-presidente
da Transpetro Sérgio Machado, autor gravações divulgadas nos últimos dias em
que revela o repasse de propina para políticos de seis partidos, entre os
quais, membros da cúpula do PMDB.
"Cada
advogado sabe se existe conflito entre seus clientes e, a partir dai, opta para
solucionar o conflito. Não tenho qualquer conflito com clientes dela
[Fátima]", afirmou. Cunha disse que Fernanda é sua advogada há anos e
assegurou que nunca perguntou, ou vai perguntar, quem são os outros clientes e
que tipo de trabalho Fernanda desenvolve para eles.
Eduardo
Cunha acrescentou que sua mulher, Cláudia Cruz, ré na Lava Jato pelos crimes de
lavagem de dinheiro e evasão de divisas envolvendo valores provenientes do
esquema criminoso instalado na Diretoria Internacional da Petrobras, também é
defendida por advogados que têm outros clientes que colaboram com a Justiça,
mas que não tem qualquer conflito com ele.
"Se
tivermos de restringir que advogado que participa de delação não advoga para
quem não participa, faltará advogado no mercado", disse o parlamentar,
negando novamente qualquer intenção de se tornar delator. "Não cometi
qualquer crime e não tenho o que delatar", afirmou. Fonte: Brasil 247.