Pernambuco 247 - O esquema criminoso investigado na
Operação Turbulência, deflagrada nesta terça-feira 21 pela Polícia Federal,
pode ter financiado a campanha de reeleição do então governador de Pernambuco
Eduardo Campos, em 2010. "O esquema foi utilizado para pagar propina
na campanha do governador", afirmou a delegada federal Andrea Pinho,
durante entrevista coletiva no Recife.
A
ação prendeu quatro empresários, entre eles os donos do avião onde estava
Eduardo Campos quando morreu em um acidente aéreo durante a campanha
presidencial de 2014. Segundo a PF, as empresas investigadas seriam usadas para
lavar dinheiro desviado da Petrobras e das obras da Transposição do Rio São
Francisco.
Por
meio do compartilhamento de provas obtidas através da Operação Lava Jato, os
agentes da Operação Turbulência suspeitam que a empreiteira OAS pode ter
transferido até R$ 18 milhões para o esquema que funcionava por meio de
empresas de fachada para financiar a campanha de Campos. Os recursos teriam
sido transferidos para a empresa de fachada Câmara e Vasconcelos Locação e
Terraplanagem. Segundo a OAS, o dinheiro seria destinado à realização de obras
de terraplanagem da Transposição do Rio São Francisco.
De
acordo com o delegado Daniel Silvestre, o inquérito que tramita no Supremo
Tribunal Federal (STF) trata de uma possível doação ilícita para a campanha de
reeleição de Campos em 2010. Também teriam sido registrados pagamentos
posteriores ao período eleitoral, o que levantou suspeitas de que parte dos
recursos teriam sido utilizados no pagamento de dívidas de campanha.
Durante
a operação, os agentes federais prenderam no Recife os empresários Apolo
Santana Vieira e Arthur Roberto Lapa Rosal. Outros dois empresários, Eduardo
Freire Bezerra Leite e João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho também foram
presos em estavam em São Paulo e levados para a capital pernambucana. Já Paulo
César de Barros Morato não foi localizado e é considerado foragido. Fonte:
Brasil 247.