Há quase dois anos o
Brasil passou por eleições que reconduziram democraticamente através do voto
popular Dilma Rousseff à presidência do país e nunca mais se teve sossego algum
nos âmbitos social, econômico, político e moral. Diariamente e desde a recondução
de Dilma ao poder, o cidadão que aprecia estar atualizado com as ocorrências do
país em todos os aspectos, em todos os âmbitos, só tem visto como notícias
prioritárias impeachment, roubalheira, propina, condução coercitiva de pessoas
da elite social e/ou políticos de destaque para serem ouvidas pela Polícia
Federal. Nada mais que isso é o que se tem visto e e scutado nesses exatos 17
meses e 15 dias de mandatos da presidente, vice, deputados federais e senadores
desta grande República.
Os problemas do país
vão se acumulando e nada de solução, prejudicando por demais ao seu
desenvolvimento enquanto o povo vai sofrendo e sofrendo, sem a menor esperança
de definição de crescimento e combate efetivo à inflação. Até quando se
continuará nessa pisada, não se sabe, pois, por mais que se procure encontrar
saídas – e já afastaram Dilma (PT) e empossaram interinamente Michel Temer
(PMDB), suspenderam Eduardo Cunha (PMDB) e empossaram o seu vice Waldir
Maranhão (PP) interinamente, que em nada manda e só serve de chacota aos olhos
do mundo – as dificuldades parecem apenas crescer.
Agora escuto vozes
que falam da possibilidade de se trazer o parlamentarismo de volta enquanto
outras falam de novas eleições gerais. Ouço dizer que Dilma voltará com um
compromisso celebrado nos bastidores políticos – sempre tudo feito às escondias
do povão e finalidades sempre beneficiadoras dos celebrantes – de aprovar as novas
eleições gerais.
Enfim, enquanto se
tenta passar o Brasil a limpo já acordamos com a notícia de que Renan
Calheiros (PMDB), presidente do Senado, vai apreciar o pedido de impeachment do
procurador geral da República Rodrigo Janot, a mesma autoridade que pediu a prisão de Renan, Jucá e Sarney.