Em entrevista à revista Veja sobre as acusações
sofridas pela cúpula do PMDB, após as delações de Sérgio Machado, e as
perspectivas para a aprovação definitiva do impeachment de Dilma Rousseff no
Senado, Michel Temer diz não acreditar que sua gestão será implicada pela
Operação Lava Jato, apesar de três ministros já terem caído — dois por estarem
diretamente ligados às investigações de corrupção levadas a cabo pela Polícia
Federal e um por ter feito críticas aos trabalhos da PF.
Temer diz tampouco se sentir ameaçado
pelo avanço da Lava Jato em direção aos principais líderes do PMDB. Ao ser
questionado sobre as suspeitas de pagamento de propina aos caciques José
Sarney, Renan Calheiros e Romero Jucá, enquanto ele presidia o partido, Temer
banca o Lula:
“Eu cuidava das doações oficiais.
Nunca soube que alguém pudesse dar verbas fora da doação oficial. E são
afirmações que merecem comprovação, não são definitivas, têm de ser
comprovadas”, disse.
O presidente em exercício se queixou
da repercussão do afastamento de Dilma e da posse como interino em sua vida
pessoal. Ele falou em “campanhas” contra ele, tendo em vista “a perspectiva do
retorno” da petista:
“Outro dia, um grupo se postou em
frente à minha casa e começou a gritar palavrões, assustando minha mulher e meu
filho. Os dois ficaram chorando… Foi muito desagradável”, afirmou. Fonte:
Pragmatismo
Político