As
cúpulas do PSDB e do DEM decidiram, em reunião logo após o fim da sessão que
cassou o mandato de Dilma Rousseff, rever a estratégia de recorrer ao STF
(Supremo Tribunal Federal) contra a decisão que manteve a habilitação da
petista para ocupar cargos públicos.
A avaliação dos dirigentes
dessas siglas é que, uma ação na corte contra parte do desfecho do impeachment
poderia "dar uma brecha" para que o Judiciário reavaliasse todo o
processo, lançando nova frente de instabilidade sobre o governo Michel Temer.
Publicamente, Cássio Cunha
Lima (PSDB-PB), Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Agripino Maia (DEM-RN) já descartaram
uma ação de seus partidos na Justiça.
Mais cedo, o ministro do
Supremo, Ricardo Lewandowski que presidiu a sessão do impeachment, decidiu
acatar pedido da defesa da petista e fazer duas votações sobre o desfecho de
Dilma, a primeira sobre a cassação de seu mandato - que foi aprovada- e a
segunda sobre a proibição de que ela ocupasse cargos públicos - que foi
rejeitada.
A articulação que
possibilitou a nomeação de Dilma para funções públicas foi protagonizada pelo
PT e por integrantes do PMDB, partido de Michel Temer, como o presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
O envolvimento de
peemedebistas no caso irritou profundamente integrantes do PSDB e do DEM, que
se sentiram traídos. Mais tarde, Agripino minimizou o mal estar. Disse que a
reação dos colegas, que ameaçaram até romper com o governo, foi fruto do
"calor do momento". Com informações da Folhapress. Fonte: Notícias ao
Minuto.