Depois que a equipe do candidato à prefeitura do
Rio de Janeiro Marcelo Crivella (PRB) produziu panfletos com a imagem dele
ao lado de dom Orani, a arquidiocese protocolou, nessa terça-feira, uma
representação no Ministério Público Eleitoral contra o candidato.
O objetivo é proibir a veiculação da imagem do cardeal na
propaganda eleitoral do senador.
De acordo com matéria de O Globo, a Arquidiocese diz, na
representação, que a conduta da campanha é “evidentemente abusiva e dotada de
elevado potencial para fazer com que eleitores católicos sejam ludibriados,
levados a crer que o representado desfrutaria do apoio do cardeal e da Igreja
Católica”.
Crivella, por sua vez, nega que tentou induzir o povo.
"Claro que eu cometo erros, como todos, mas esse eu não cometi, de tentar,
de maneira subliminar ou maliciosa, induzir o povo de que eu tenho o apoio da
arquidiocese para ganhar voto".
Já a assessoria da campanha de Crivella diz que não recebeu
notificação e em momento algum afirmou ter o apoio da arquidiocese. Apenas
divulgou, como outros postulantes fizeram, as cenas de um encontro público e
notório com dom Orani.
Dom Orani recebeu os onze candidatos a prefeito do Rio em seu
escritório para ouvir suas propostas. Na representação, entretanto, diz que o
fez “em igualdade de condições, sem manifestar apoio a qualquer um deles”.
Na última quinta-feira, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio
(TRE-RJ) informou que iria propor uma ação por propaganda irregular. Fonte:
Notícias ao Minuto.
OPINIÃO
DO BLOG: Interessante
e prudente a entrada de representação junto ao Ministério Público, por parte da
arquidiocese, contra a divulgação feita em plena campanha à Prefeitura da
belíssima cidade do Rio de Janeiro, pela assessoria política do pastor
Crivella, um dos postulantes ao cargo nas próximas eleições de 2 de outubro, ou
seja, domingo.
Não se tenha dúvida de que o eleitor menos
avisado verá na foto postada em que surgem o pastor Crivella e o católico dom
Orani, como apoio do catolicismo â campanha política do pastor. É claramente
uma tentativa de mostrar ao eleitorado que parte do catolicismo do Rio se uniu
ao pastor em campanha. A ideia não foi outra, não.
Será que Crivella distribuiria à imprensa
nacional uma foto sua ao lado de uma dançarina em ascensão pela maviosa voz e belas
curvas do seu corpo?
Aliás, isso me lembrou muito o fato de que
frei Damião de Bozzano aqui na Paraíba, há algumas décadas, foi utilizado
também pela maldade política de alguns que tiraram fotos com ele e as lançaram nas
mãos do povo e até em livros, exatamente no momento em que a política estava
aguçadíssima. Foi sem dúvida um Deus nos acuda porque os menos avisados
interpretavam a foto como se o político fosse da simpatia do frade que na sua
inocência se deixou fotografar, se é que entendia o que estava acontecendo, diante
da sua ingenuidade santa.
E Crivella não é muito tolinho, não. Quem não
se lembra que ele foi ministro da presidente Dilma Rousseff e vivia no Palácio
com ela diariamente e a toda hora, elogiando-a de todas as formas e em toda
entrevista? Mas no momento de tornar público o seu apoio a ela, na votação do impeachment,
Crivella foi lá e covardemente votou contra quem tinha lhe estendido a mão,
sempre. Ah Judas engravatado.
Só abraça quando precisa de calor e só
estende a mão para receber.