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O governo do presidente Michel Temer reconheceu que o Brasil vive uma crise
institucional sem precedentes.
Prova
disso é que, para tentar contorná-la, marcou uma reunião para esta
quarta-feira, às 11h, no Palácio do Planalto, com os chefes de todos os
poderes: ele próprio, assim como os presidentes do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Supremo Tribunal Federal, Cármen
Lúcia.
A
gota d´água foi a Operação Métis, da Polícia Federal, deflagrada pela Polícia
Federal, com autorização do juiz Vallisney Souza, de Brasília. Nela, quatro
policiais legislativos foram presos, acusados de fazer varreduras para sabotar
a Lava Jato.
Renan
viu na operação uma agressão ao Poder Legislativo, no que contou com o apoio de
Rodrigo Maia, do ministro Gilmar Mendes e do ministro Eliseu Padilha, da Casa
Civil.
Mais
do que isso, ele pediu a cabeça do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, a
quem chamou de "chefete de polícia", e criticou o magistrado
Vallisney, a quem chamou de "um juizeco" de primeira instância.
Carmen
Lúcia, no entanto, saiu em defesa do Judiciário, contando com apoio de
associações de magistrados e procuradores.
Nesta
quarta, os quatro poderão posar sorridentes nesta quarta, mas a crise
institucional brasileira começou bem antes, quando todos os poderes se uniram
para levar adiante um golpe parlamentar.
Foi
no vale-tudo do impeachment que as normas começaram a ser quebradas, até o
Brasil ao quadro atual de zorra total.
Segundo
o jornalista Jorge Bastos Moreno, a ministra Cármen Lúcia não deverá participar
da reunião proposta pelo presidente Michel Temer "Ela vai se encontrar com
o Renan sim, mas na reunião geral de sexta, com Alexandre de Moraes e o comando
da PF, sobre a questão de segurança pública, que terá também Temer, Rodrigo
Maia, Jungmann, Serra e OAB", diz Moreno. Fonte: Brasil 247.