O governador do Rio de Janeiro,
Pezão, subiu o tom nesta quarta-feira, 9, contra os funcionários públicos que
invadiram a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), na terça-feira,
8. Eles tentaram impedir as discussões sobre a proposta de ajuste fiscal do
governo fluminense que, entre outras medidas, eleva a contribuição dos
servidores para a previdência estadual.
Ao chegar ao ministério da
Fazenda para reunião com o ministro Henrique Meirelles, o governador também
disse acreditar que a liminar obtida na Justiça que suspendeu a proposta do Estado
será derrubada. "Nem na ditadura militar houve uma proibição de que um
legislativo discutisse alguma proposta. Isso de baderna e quebrar o parlamento
não é coisa de funcionário público", disse o governador.
Pezão repetiu diversas vezes que
o estado do Rio não pode suportar que 66% de seus aposentados do serviço
público deixem de trabalhar com menos de 50 anos. "Sei que é um direito
adquirido, mas as pessoas devem passar mais tempo trabalhando. Nenhum estado
suporta que 66% de suas aposentadorias sejam especiais", completou.
Ainda assim, Pezão ponderou que a
grave situação fiscal do Rio é momentânea. Isso porque, defendeu ele o fundo de
previdência do estado do Rio é abastecido com parte significativa dos royalties
do petróleo aos quais o estado tem direito.
Temos um problema agora com a
queda do preço do barril, mas graças aos royalties o fundo do Rio é o mais
sustentável em comparação com os de outros estados. O fundo do Rio é uma 'case'
de sucesso", afirmou. Com informações do Estadão Conteúdo. Fonte: Notícias ao Minuto.
OPINIÃO DO BLOG: O que muito chama a atenção é que governante como Pezão, lá no Rio de Janeiro,
reclame de quem está nas ruas defendendo o seu salário e direitos adquiridos. Enquanto
isso, ninguém escuta a voz revoltada dele, paladino da ordem e da moralidade, e
nem de outros políticos que a ele queiram se igualar, criticando duramente
aposentadorias especiais, como se não existissem no Brasil, tais como
ex-governadores aposentados e olha que tem um bocado, como se tivessem
trabalhado a vida inteira.
Não se defende aqui, porém, aqueles que excederam no seu direito de
manifestação, praticando ação de baderna quando invadiram o gabinete de um
vice-presidente da Assembleia Legislativa na cidade do Rio de Janeiro e
promoveram quebra-quebra e destruição de documentos e computadores. Entretanto,
se reconheça que mexer em salários e aumentar cobrança de previdência de
funcionários públicos é no mínimo covardia porque se sabe que em todos os
poderes deste país, existem mordomias inimagináveis e riquíssimas, onerando e
sugando os nossos cofres públicos.
Discuta-se governador com muita seriedade a retirada de tantas mordomias
e o corte de tantos empregos sem concurso público no governo federal, por
exemplo, e se verá que as coisas começarão a andar melhores para governantes e
governados.
O que falta no país e vergonha em muitos políticos e coragem em
administradores. Enquanto não reagem ou tomam atitude séria, vão enganando cada
vez mais ao povo. A Lava Jato é um grande exemplo de desfaçatez e imoralidade
humana, quando tantos políticos de caras lavadas levaram durante anos e anos o dinheiro suado dos brasileiros, recolhido sempre por cobrança de altos impostos cobrados por gestores públicos, muitos deles tendo se beneficiado da roubalheira também.
A conta da quebradeira dos estados e do Estado não é do servidor público mas de quem a promoveu.