As investigações da Lava Jato
continuam funcionando plenamente. Parece que as artimanhas dos nossos políticos
brasileiros, estabelecidos na capital da República, não conseguiram surtir os
efeitos desejados, barrando-lhe o prosseguimento e suspendendo até resultados em alguns casos já
concluídos. Mesmo assim, as raposas velhas deste país continuam atentas à
espera de oportunidade para cessar as apurações de falcatruas e corrupção de
proporções nunca vistas dantes.
A Construtora Norberto Odebrecht,
fundada em 1944, com atuação internacional que abrange 21 países do Continente
Americano, na África, na Europa e no Oriente Médio, é atualmente observada com
muito cuidado pelas autoridades envolvidas na apuração do escândalo de corrupção,
pois tem demonstrado toda a sua força e potencialidade na farta distribuição de
propina a figurões da nossa política, mencionando nomes, datas, locais e valores
distribuídos. É inacreditável o tamanho do grupo dos corruptos e em muitos
casos com participação plena de suas esposas e familiares.
E agora, sabe-se
segundo a grande imprensa nacional que de 220 pessoas denunciadas pela
Odebrecht, 180 só podem ser julgadas por tribunais superiores, porque têm o
chamado foro privilegiado, que é um direito adquirido por algumas autoridades públicas,
pelo que têm julgamento especial e particular, quando envolvidas em processos
penais. A esse privilégio estão sujeitos aqueles de alta responsabilidade
pública como Presidente da República, Vice-Presidente, Procurador-Geral da
República, ministros e os membros do Congresso Nacional.
E saber que a gente
um certo dia saiu de casa para ir às urnas depositar um voto de confiança no
nome de alguém para o tornar representante da gente no Congresso brasileiro, e
vê-lo hoje desfilando cinicamente pelas ruas do país e de outros países até,
rindo da cara da gente! Dói, dói e muito. E a gente continuará sem vergonha até
quando?