domingo, 11 de dezembro de 2016

OS AFILHADOS DA EMPREITEIRA



As investigações da Lava Jato continuam funcionando plenamente. Parece que as artimanhas dos nossos políticos brasileiros, estabelecidos na capital da República, não conseguiram surtir os efeitos desejados, barrando-lhe o prosseguimento e  suspendendo até resultados em alguns casos já concluídos. Mesmo assim, as raposas velhas deste país continuam atentas à espera de oportunidade para cessar as apurações de falcatruas e corrupção de proporções nunca vistas dantes.
A Construtora Norberto Odebrecht, fundada em 1944, com atuação internacional que abrange 21 países do Continente Americano, na África, na Europa e no Oriente Médio, é atualmente observada com muito cuidado pelas autoridades envolvidas na apuração do escândalo de corrupção, pois tem demonstrado toda a sua força e potencialidade na farta distribuição de propina a figurões da nossa política, mencionando nomes, datas, locais e valores distribuídos. É inacreditável o tamanho do grupo dos corruptos e em muitos casos com participação plena de suas esposas e familiares.  
E agora, sabe-se segundo a grande imprensa nacional que de 220 pessoas denunciadas pela Odebrecht, 180 só podem ser julgadas por tribunais superiores, porque têm o chamado foro privilegiado, que é um direito adquirido por algumas autoridades públicas, pelo que têm julgamento especial e particular, quando envolvidas em processos penais. A esse privilégio estão sujeitos aqueles de alta responsabilidade pública como Presidente da República, Vice-Presidente, Procurador-Geral da República, ministros e os membros do Congresso Nacional.
E saber que a gente um certo dia saiu de casa para ir às urnas depositar um voto de confiança no nome de alguém para o tornar representante da gente no Congresso brasileiro, e vê-lo hoje desfilando cinicamente pelas ruas do país e de outros países até, rindo da cara da gente! Dói, dói e muito. E a gente continuará sem vergonha até quando?