segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

PESCARMONA FALA COMO AMAR AOS MAIS POBRES



Luis Pescarmona é um sacerdote que há cinquenta anos abraçou a causa de Cristo e saiu das terras italianas e veio evangelizar no Brasil. E finalmente, chega um dia a Guarabira que o acolheu sabiamente. Ali estava um legítimo defensor dos mais humildes, demonstrando isso durante o período mais negro e duro da ditadura militar de 1964, enfrentando poderosos apenas com a palavra religiosa, enquanto atraia para si o ódio e mágoas de muitos latifundiários. Superou a tudo e certamente ganhou a simpatia dos desprotegidos camponeses e também a glória de Deus, de quem é um servidor fiel e obstinado. 


Desde ontem circula nas redes sociais um alerta de Pescarmona, feito na homilia que proferiu em missa dominical à multidão presente na catedral de Nossa Senhora da Luz: a respeito dos procedimentos humanos a serem realizados neste final de ano, quando se aproximam as festas de Natal e Ano Novo. Dissera que “Neste Natal não presenteiem os padres, prefeitos ou autoridades da cidade. Procurem olhar os mais pobres, as crianças abandonadas, as mulheres excluídas, e as famílias carentes para favorecer um fim de ano melhor e com menos sofrimento”. Note-se que excluiu a si e aos irmãos sacerdotes, antes de falar nas autoridades do município. Que sapiência! Quanta humildade!
Na verdade o povo tem mania de presentar até quando nem pode, a quem já tem de onde receber pelos seus próprios méritos, enquanto grande parte dos pobres e desprezados da sorte permanecem ano a ano passando necessidade de alimentos e sem nada para vestir. Como seria bom se cada católico que o ouviu soubesse interpretar-lhe o alerta e, assim, fazer menos infeliz neste final de ano, a tantos que não têm como conseguir sobreviver neste mundo de cruel capitalismo.
Que Deus continue nos cedendo religiosos, pastores e sacerdotes comprometidos com a sua palavra, com a paz universal e a solidariedade humana. Mesmo parecendo um gesto tão pequeno, o de doar a quem não tem nada, será tão grande no casebre faminto como de enorme tamanho na mansão Divina.