Em um de seus últimos dias no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), o ministro Henrique Neves reprovou as contas de 2011
do PSDB. Na decisão de 11 de abril, Neves determinou que o partido devolva R$
3,9 milhões aos cofres públicos, em valores atualizados, e pagos com recursos
próprios. O partido ainda ficou proibido de receber uma das 12 parcelas mensais
do fundo partidário referentes a 2017, o que, no caso da sigla, corresponde a
R$ 6,6 milhões. O diretório tucano também deverá destinar R$ 2,1 milhões para o
incentivo à participação de mulheres na política, segundo informações da
Agência Brasil. Entre as principais irregularidades identificadas pelo ministro
do TSE estão: despesas com passagens aéreas sem a comprovação de utilização dos
bilhetes, despesas dos diretórios estaduais sem comprovação da prestação de
serviços e da vinculação com atividade partidária, não apresentação de notas
fiscais de hospedagem e pagamento de hospedagem sem utilização de diária, entre
outros. A decisão monocrática do ministro Henrique Neves não precisou passar
pelo plenário da Corte Eleitoral, pois uma resolução aprovada recentemente pelo
tribunal autorizou que, em determinados casos, a reprovação das contas seja
decidida individualmente pelo relator. Em nota, o PSDB disse que seus advogados
já apresentaram recurso contra a decisão, que, para o partido, “deixa de
cumprir uma etapa importante da análise das contas do PSDB, conforme determina
a própria resolução do TSE”. O partido não esclareceu qual etapa de análise
teria sido descumprida. O mandato de Henrique Neves como ministro do TSE
terminou no último dia 16 de abril. Ele foi substituído pelo jurista Admar
Gonzaga, indicado pelo presidente Michel Temer. Fonte: BN – BAHIA NOTÍCIAS.