Segundo Wesley,
a empresa entregava o dinheiro para as campanhas em troca da promessa de
receber créditos de impostos referentes a um curtume na cidade de Cascavel.
O presidente da JBS, Wesley
Batista, disse que ter pago R$ 24,5 milhões em doações de campanha de reeleição
de Cid Gomes (PDT), irmão de Ciro Gomes, e de eleição de Camilo Santana (PT) ao
governo do Ceará.
Segundo Wesley, a empresa
entregava o dinheiro para as campanhas em troca da promessa de receber créditos
de impostos referentes a um curtume na cidade de Cascavel, a 64 km de
Fortaleza, retidos pelo Estado.
O primeiro contato foi feito em
2010, quando Cid Gomes enviou o secretário da Casa Civil, Arialdo Pinho, para
pedir contribuição. A JBS pagou R$ 4,5 milhões - R$ 1 milhão em doação oficial
e R$ 3,5 milhões com notas frias.
Apesar da vitória do governador,
a empresa não recebeu os créditos de impostos e a dívida acumulou, chegando a
R$ 110 milhões em 2014. Naquele ano, Cid Gomes visitou Wesley e seu irmão,
Joesley, em São Paulo.
Na ocasião, afirma Wesley, o
então governador pedia R$ 20 milhões para a campanha de Camilo Santana. Wesley
rebateu reclamando da demora no Estado em liberar os créditos. Cid Gomes deixou
a reunião sem acordo.
Semanas depois, os donos da JBS
foram procurados por Arialdo Pinho e pelo deputado federal Antonio Balhmann
(PDT-CE). Os dois disseram que a dívida do Estado só seria paga se eles doassem
à campanha de Santana.
Novamente a empresa pagou. Dos R$
20 milhões, R$ 10,2 foram entregues por meio de doação oficial e o resto, com
notas fiscais frias entregues pelo secretário e o membro da Câmara dos
Deputados.
Wesley Batista diz que o dinheiro
foi dividido entre os comitês de Santana e do Pros, partido em que estavam os
irmãos Gomes em 2014. O presidente da JBS afirma que o petista não tinha
conhecimento da operação. Com informações da Folhapress. Fonte: Notícias ao Minuto.