domingo, 7 de maio de 2017

GUARABIRA:180 ANOS DE PARÓQUIA (27/04/1837)



Poderíamos registrar aqui a presença dos jesuítas quando construíram a Missão de Guiraobira; a passagem de colonizadores portugueses e outros povos sonhadores com minas auríferas que nunca acharam nas aldeias da Serra da Copaoba, hoje Serra da Raiz; a presença do homem branco na prática do contrabando do pau-brasil e no aprisionamento do silvícola como mão de obra escrava. Enfim, poderíamos mencionar uma série de outros fatores que dolorosamente ou não, deram oportunidade de surgir o núcleo habitacional Guarabira, que ao longo dos séculos prosperou e se fez residência de tanta gente boa, também.


Tenhamos certeza que os nossos passos foram muito bem acompanhados, por aqueles que se fizeram lá muito distante no tempo, verdadeiros e leais seguidores de Cristo, através dos seminários católicos. Os padres têm sido nossa companhia permanente, diz-nos a história.

A estas comemorações de 180 Anos de Paróquia de Nossa Senhora da Luz, existe o trabalho marcante de muita gente ligada ao catolicismo como nos relata o honrado Monsenhor Emiliano de Cristo em seu opúsculo Reminiscências de Guarabira (SÍNTESE), de 1964, ou mesmo Cleodon Coelho em sua obra referencial Guarabira Através dos Tempos, dos idos de 1955. E nos dizem ambos:

Em 1578, chegada de Vila de Natal do jesuíta e arquiteto Gaspar Sampére, em missão de paz junto a Serra da Copaoba e aldeia indígena Quandús;  Duarte Gomes da Silveira, olindense filho de pais portugueses, considerado católico fervoroso, justo, filantropo e de sentimentos nobres, por serviços prestados entre 1586 e 1600, receberia o título de Capitão Mor de Serra de Copaoba; em 1730, o padre João Milanês, construía capela para Nossa Senhora da Conceição; em 1755, chega o português José Rodrigues Gonçalves da Costa, homem muito católico, vindo da povoação de Beiriz, pertencente ao Concelho de Póvoa de Varzim, distrito do Porto. Mais tarde traria a família de 3 filhas – Virgínia, Catarina e Romana e do filho Cosme – esse sendo padre assumiria os ofícios da capela à Virgem da Luz construída por seu pai, cuja imagem trouxera das terras portuguesas, em promessa feita.


A substituição do nome de Nossa Senhora da Conceição para Nossa Senhora da Luz se daria muito mais tarde, conforme Monsenhor Emiliano de Cristo. E as razões de termos desde aqueles tempos a imagem da Luz são por conta de promessa feita pelo português que passou à nossa história como Costa Beiriz, para conduzir a imagem para o lugar onde fosse morar, em terras livres de terremotos como o que destruíra Lisboa, em 1755.


A Lei 17 de 27 de abril de 1837 traz duas alegrias para este povo: elevou o Distrito de Paz a Vila com o nome de Independência, desligando-o da Vila de Bananeiras, enquanto criava a Paróquia de Nossa Senhora da Luz que no dizer de monsenhor Emiliano seria “marco seguro de nossa civilização, verdadeira célula da circulação do espírito católico, plantados, entre nós”.

O primeiro pároco da Igreja de Nossa Senhora da Luz seria José Pereira de Araújo e agora, para nossa alegria é Joanderson Marinho de Lira, que já conquista a simpatia dos guarabirenses e de tantos outros vizinhos desta terra abençoada.

A Administração da Diocese, desde a transferência do Bispo Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena para Nazaré da Mata-PE, está sob a responsabilidade do Monsenhor José Nicodemos, que por 17 anos esteve à frente da Paróquia de Nossa Senhora da Luz como pároco.