Um
dos inquéritos instaurados contra o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) com
base na delação da Odebrecht foi redistribuído nesta sexta-feira (23) e ficará
sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes. O caso diz respeito à acusação de
que o então senador Aécio Neves recebeu em 2014 valores indevidos pelo grupo
Odebrecht para a sua campanha eleitoral. De acordo com delatores, os pagamentos
teriam sido feitos de forma dissimulada por meio de contratos fictícios
firmados com a empresa PVR Propaganda e Marketing Ltda. O tucano nega as
acusações. Ao determinar a redistribuição do inquérito, a presidente do STF,
ministra Cármen Lúcia, concordou com o argumento do procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, de que a investigação não está diretamente relacionada
à Operação Lava Jato, de relatoria do ministro Edson Fachin. "Na espécie
vertente, como exposto pelo Procurador-Geral da República, em exposição
acolhida pelo relator, ministro Edson Fachin, inexiste conexão entre os fatos
narrados no presente inquérito e aqueles relacionados à denominada Operação
Lava Jato", escreveu Cármen em decisão desta sexta. "Pelo exposto,
acolho a manifestação do Procurador-Geral da República e determino a livre
redistribuição deste inquérito, resguardada a natureza do procedimento,
incluídas ao resguardo do grau de publicidade, ou não, a ele imposto até o
momento, até decisão do novo relator a quem caberá decidir as questões arguidas
no presente processo", afirmou a presidente do STF. Janot também tinha
pedido a redistribuição de um outro inquérito instaurado contra Aécio com base
na delação da Odebrecht, que trata do pagamento de vantagens indevidas para a
campanha eleitoral de Antônio Anastasia (PSDB-MG) ao governo de Minas Gerais em
2010. Delatores afirmaram que, a pedido de Aécio, pagaram R$ 5,4 milhões em
"vantagens indevidas" para a campanha de Anastasia. O
procurador-geral da República ainda solicitou a prorrogação em 60 dias do prazo
de conclusão das investigações nos dois casos. Fonte: BN – Bahia Notícias.