sexta-feira, 30 de junho de 2017

TEMER TEVE ENCONTRO FORA DA AGENDA COM GILMAR ANTES DE ESCOLHER RAQUEL DODGE




O presidente Michel Temer se reuniu, na noite de terça-feira (27), com o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na véspera da escolha de Raquel Dodge para a Procuradoria-Geral da República.

O encontro não estava na agenda oficial, mas foi confirmado pelo Palácio do Planalto. Ele aconteceu na casa de Gilmar Mendes, durante um jantar.

Os ministros Moreira Franco (Secretaria Geral) e Eliseu Padilha (Casa Civil) também participaram da reunião. Gilmar Mandes também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em seu voto na sessão de quarta-feira do STF, durante o julgamento da validade das delações da JBS, Gilmar Mendes fez duros ataques à Lava Jato, afirmando que a operação está criando o “Direito Penal de Curitiba”.

Já durante o julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE, foi de Gilmar Mendes o voto de minerva que garantiu a absolvição de Temer.

Raquel Dodge. O presidente Michel Temer anunciou oficialmente o nome da subprocuradora-geral da República Raquel Dodge para suceder Rodrigo Janot no comando da Procuradoria-Geral da República (PGR).

A escolha ocorreu nesta quarta-feira (28), 24 horas depois de os membros do Ministério Público Federal elegerem a lista tríplice para a definição do novo ocupante do cargo.

Ao escolher Raquel, Michel Temer quebrou a prática adotada nos últimos 14 anos pelos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff de endossar o procurador mais votado pelos membros do MPF na lista tríplice.

Raquel havia sido a segunda mais votada, com 587 votos. Em primeiro lugar, com 621 votos, ficou o o subprocurador-geral da República Nicolao Dino.

Nicolau Dino representava a continuidade do grupo de Janot – com quem Temer está em guerra aberta – no comando do Ministério Público. Fonte: Pragmatismo Político.
 
OPINIÃO DO BLOG: A credibilidade dos nossos políticos anda tão baixa, diante de incontáveis e cotidianas denúncias de envolvimento dos seus nomes em roubo, corrupção e suborno, que até mesmo um encontro informal de figurões como o presidente Temer e o ministro Gilmar Mendes, fora da agenda oficial do Planalto, para um jantar, suscita a desconfiança da imprensa e aguça a dos brasileiros. 
E toda a situação de desconfiança fica ainda mais aguçada quando um ou dois dias depois desse inocente jantar, a presidência do país escolhe de uma lista tríplice, o segundo nome ali existente, quebrando a regularidade de escolha do primeiro nome, há catorze anos sendo sempre o preferido.