Desde a noite desta segunda-feira (3), em
contraposição ao que consideram o desmonte da Cultura – pasta que durante a
gestão de Michel Temer foi abandonada por três ministros –m, diversos artistas
têm se mobilizado através de uma campanha nas redes sociais vinculada à hashtag
#TeatroSim. Liderada por Marcos Caruso, Mateus Solano, Miguel Thiré e o
produtor Carlos Grun, a mobilização tem a adesão de nomes como os atores
baianos Lázaro Ramos e Ana Paula Bouzas; além de Deborah Secco, Nizo Neto,
Alessandra Maestrini, Maria Fernanda Cândido, Leandra Leal, Leoni, Zeca
Pagodinho, Leticia Spiller, Preta Gil e o dramaturgo Walcyr Carrasco. “Nos
últimos dias, depois da notícia do fechamento de mais um teatro no Rio de
Janeiro, a situação caótica em que a cultura carioca se encontra vem sendo
discutida em diversos grupos virtuais e presenciais. Uma grande mobilização por
parte da classe artística, encabeçada por Marcos Caruso, Mateus Solano, Miguel
Thiré e o produtor Carlos Grun, está acontecendo, e a nossa voz será ouvida se
gritarmos todos juntos. Sem interesses políticos, sem assinaturas, esse
movimento não tem dono e não tem limites. É um grito de ‘SIM, ESTAMOS AQUI!’. A
mensagem em meio ao caos deve ser positiva, por isso a hashtag foi escolhida
pela maioria de nós, com esse intuito”, compartilhou Leticia Spiller, endossada
por Lázaro Ramos: “Sim, estamos aqui! Sim, teatro é potência! Sim, queremos
teatro como público e como profissionais das artes. #TeatroSIM”. Nesta
quarta-feira (4), atores, produtores, técnicos, pesquisadores, autores,
diretores de teatro, além de representantes de outros gêneros artísticos,
programam um cortejo do bairro de Botafogo em direção à sede da Prefeitura, que
recentemente anunciou que deixaria de pagar R$ 25 milhões aos projetos
contemplados pelo Programa de Fomento às Artes 2016, principal financiador da
cultura na cidade. Fonte: Bahia
Notícias.
OPINIÃO DO BLOG: Infelizmente
os gabinetes de secretarias de cultura nunca vão às ruas para apreciar de verdade
a tantos verdadeiros artistas que produzem cultura de qualidade. Têm desde a
sua criação cuidado de financiar os grandes artistas que já têm espaço garantido
na mídia..
O corte total
ou parcial de verbas destinadas à cultura, só dificulta ainda mais a chance dos
pequenos artistas lhe terem acesso. Penalizará a todos os que promovem a nossa
cultura, e ainda mais aos pequenos artistas que continuam ainda que sem
reconhecimento dos governantes, produzindo música, literatura, cordel e poesia.
Os
governantes em todos os níveis sabem muito bem cortar gastos dos seus gabinetes
e setores da administração pública, retirando recursos geralmente da
cultura e da educação.
Não nos cabe
começar raciocinar mais e abandonar o hábito de votar nos que se tornaram
profissionais políticos? Façamos essa experiência a partir das próximas eleições e votemos em nomes novos e que se mostrem capazes de ouvir ao povo, principalmente antes de tomarem decisões que venham a mexer de fato com a vida social e econômica do país.