A Polícia Federal
deflagrou na manhã desta quinta-feira (22) a 48ª fase da Operação Lava Jato.
Batizada de Integração, a nova fase mira a a apuração de casos de corrupção
ligados aos procedimentos de concessão de rodovias federais no Paraná que fazem
parte do chamado anel da integração.
Policiais
federais prenderam sete pessoas temporariamente e executam 50 mandados de busca
e apreensão expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba para apurar crimes de
corrupção, fraude a licitações e lavagem de dinheiro.
A
ação é realizada simultaneamente nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio de
Janeiro e São Paulo e também envolve membros do MPF (Ministério Público
Federal) e servidores da Receita Federal.
Segundo
a Polícia Federal, as investigações detectaram suspeita do uso das estruturas
de lavagem de dinheiro reveladas na Operação Lava Jato para operacionalizar os
recursos ilícitos pagos a agentes públicos, principalmente por meio dos
operadores financeiros Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran, ambos já investigados
pela operação.
As
investigações da Polícia Federal também apontam que uma das concessionárias
teria se utilizado dos serviços de Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran para
operacionalizar, ocultar e dissimular valores oriundos de atos de corrupção.
Dentre
os serviços prestados por estes operadores, de acordo com a PF, está a
viabilização do pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos do DNIT
(Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e DER/PR (Departamento
de Estradas de Rodagem no Paraná e Casa Civil do Governo do Estado do Paraná).
VALORES – De acordo com
o MFF, investigação conduzida no município de Jacarezinho, no
Paraná, identificou uma rede de empresas de fachada com a participação de
agentes públicos e outros operadores financeiros em irregularidades praticadas
em favor da concessionária Econorte, do Grupo Triunfo.
Por meio
de dados obtidos pela quebra do sigilo bancário, os procuradores identificaram
que, de 2005 a 2015, as concessionárias receberam cerca de R$ 2,3 bilhões
provenientes de tarifas pagas pelos usuários. Deste valor, R$ 343 milhões foram
repassados para uma subsidiária integral em contratos de conservação de
rodovias. Da subsidiária integral, R$ 110 milhões foram repassados a holding do
grupo e, pelo menos R$ 63 milhões a empresas de fachada ou sociedades cuja prestação
de serviços ou entrega de produtos não foi comprovada.
Perícias técnicas
realizadas pelo MPF também apontam que as empresas teriam
superfaturado preços de alguns itens nas obras em até 89% em relação ao valor
de mercado, conforme laudo técnico produzido com base na tabela SINAPI, da
Caixa Econômica Federal.
Os
procuradores acreditam que os pagamentos indevidos feitos com esse dinheiro
fazem parte de "um gigantesco esquema de fraudes realizadas pelos
administradores da concessionária em conluio com agentes públicos". Com
informações da Folhapress. Fonte: Notícias ao Minuto.
OPINIÃO DO BLOG: Segundo a imprensa livre deste país, desde as primeiras prisões e divulgação dos grandes escândalos envolvendo pessoas da elite e políticos de renome, ocorridas por conta da operação Lava Jato, alguns setores corrompidos têm procurado impedir o prosseguimento dessa operação, e vamos vendo aos poucos que havia a finalidade precípua de barrar o seu prosseguimento para evitar que alcance outros órgãos envolvidos em corrupção e desvio de dinheiro público, poque ai se descobrirão nomes de figurões até então de nomes limpos.
Há necessidade de se dar continuidade a essa operação até completar definitivamente todas as investigações e dar nome aos envolvidos em falcatruas, sim. Os que fazem a Lava Jato cuidem de citar nomes e entregá-los à justiça e essa continue operando nas prisões, e a quem interessar possa livrar culpados ou não. O Brasil deve muito a essa operação, queiram ou não.
Na verdade, os brasileiros na sua grande maioria nunca tiveram oportunidade de conhecer tão profundamente os que passando por inocentes e sérios cidadãos, conseguiram enriquecimento de forma desonesta, ao longo de tantas décadas.