segunda-feira, 12 de março de 2018

NO CHILE, REPÓRTER É EXPULSO APÓS PERGUNTA A TEMER SOBRE CORRUPÇÃO



SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O apresentador e repórter do "CQC Chile", Sebastián Eyzaguirre, também conhecido como "Cuchillo", foi expulso do Congresso Nacional enquanto realizava uma entrevista com o presidente brasileiro, Michel Temer, em Valparaíso, neste domingo (11). As informações foram divulgadas pelo canal local MEGA e confirmadas pelo próprio profissional em sua página no Instagram.
O programa realizava a cobertura jornalística da cerimônia de posse do novo presidente do Chile, Sebastián Piñera.
Segundo Cuchillo, carabineros -uma espécie de polícia com poder militar no Chile- agiram de forma violenta, mesmo estando com todas as credenciais, enquanto fazia perguntas sobre os escândalos de corrupção enfrentados pelo presidente brasileiro. Os agentes não explicaram os motivos que levaram à expulsão do repórter.
Nas redes sociais, Cuchillo desabafou. "Vergonha. O 'CQC' foi violentamente expulso. Carabineros nos chutaram para fora. Linda a sua democracia. Apenas quando nós perguntamos ao presidente brasileiro por seus escândalos de corrupção", escreveu ele.
"Sempre estivemos nas cerimônias de posse. Hoje nos irritaram a filha de Bachelet (ex-presidente do Chile), o presidente corrupto do Brasil. É o 'CQC'. Nada mais. Só fazemos o que as pessoas querem que alguém faça", finalizou.
Michel Temer esteve presente no Congresso Nacional em Valparaíso, no Chile, para participar da cerimônia de posse do presidente eleito do Chile, Sebastian Piñera, que assume o cargo pela segunda vez. O presidente brasileiro chegou com atraso ao local e entrou depois do presidente chileno. Fonte: Folhapress / Yahoo.

OPINIÃO DO BLOG: Que saudade dos tempos em que a gente via presidente do Brasil e outras autoridades políticas, dando entrevistas abertas e em qualquer lugar do mundo, sem que os entrevistadores os pusessem assustados com perguntas sobre as suas ações diante da gestão de governo. E hoje, a gente sabe que o presidente Michel Temer se sentiu acossado pelo repórter chileno Sebastián Eyzaguirre, que pretendia explicações sobre o seu nome envolvido em ações de corrupção. 
Enquanto isso, num restaurante renomado de São Paulo, Wesley Batista posto em liberdade há pouquinhos dias, que ali se encontrava, foi confundido com o irmão Joesley Batista, ambos envolvidos no esquema de pagamento de propina, lavagem de dinheiro e etc,  conforme levantamento da Lava Jato, e foi hostilizado duramente por um grupo de pessoas insatisfeitas por dividirem com ele o mesmo espaço social.
Estão passando o Brasil a limpo aqui e no exterior, também. É o que se está assistindo a todo momento quando se faz perguntas em entrevistas ou populares punem quem esteve ou está envolvido em denúncias muito fortes conforme se tem presenciado nos últimos anos.