SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O
apresentador e repórter do "CQC Chile", Sebastián Eyzaguirre, também
conhecido como "Cuchillo", foi expulso do Congresso Nacional enquanto
realizava uma entrevista com o presidente brasileiro, Michel Temer, em
Valparaíso, neste domingo (11). As informações foram divulgadas pelo canal
local MEGA e confirmadas pelo próprio profissional em sua página no Instagram.
O programa realizava a cobertura jornalística
da cerimônia de posse do novo presidente do Chile, Sebastián Piñera.
Segundo Cuchillo, carabineros -uma espécie de
polícia com poder militar no Chile- agiram de forma violenta, mesmo estando com
todas as credenciais, enquanto fazia perguntas sobre os escândalos de corrupção
enfrentados pelo presidente brasileiro. Os agentes não explicaram os motivos
que levaram à expulsão do repórter.
Nas redes sociais, Cuchillo desabafou.
"Vergonha. O 'CQC' foi violentamente expulso. Carabineros nos chutaram
para fora. Linda a sua democracia. Apenas quando nós perguntamos ao presidente
brasileiro por seus escândalos de corrupção", escreveu ele.
"Sempre estivemos nas cerimônias de
posse. Hoje nos irritaram a filha de Bachelet (ex-presidente do Chile), o
presidente corrupto do Brasil. É o 'CQC'. Nada mais. Só fazemos o que as
pessoas querem que alguém faça", finalizou.
Michel Temer esteve presente no Congresso
Nacional em Valparaíso, no Chile, para participar da cerimônia de posse do
presidente eleito do Chile, Sebastian Piñera, que assume o cargo pela segunda
vez. O presidente brasileiro chegou com atraso ao local e entrou depois do
presidente chileno. Fonte: Folhapress / Yahoo.
OPINIÃO DO BLOG: Que saudade dos tempos em que a gente via presidente do Brasil e outras autoridades políticas, dando entrevistas abertas e em qualquer lugar do mundo, sem que os entrevistadores os pusessem assustados com perguntas sobre as suas ações diante da gestão de governo. E hoje, a gente sabe que o presidente Michel Temer se sentiu acossado pelo repórter chileno Sebastián Eyzaguirre, que pretendia explicações sobre o seu nome envolvido em ações de corrupção.
Enquanto isso, num restaurante renomado de São Paulo, Wesley Batista posto em liberdade há pouquinhos dias, que ali se encontrava, foi confundido com o irmão Joesley Batista, ambos envolvidos no esquema de pagamento de propina, lavagem de dinheiro e etc, conforme levantamento da Lava Jato, e foi hostilizado duramente por um grupo de pessoas insatisfeitas por dividirem com ele o mesmo espaço social.
Estão passando o Brasil a limpo aqui e no exterior, também. É o que se está assistindo a todo momento quando se faz perguntas em entrevistas ou populares punem quem esteve ou está envolvido em denúncias muito fortes conforme se tem presenciado nos últimos anos.