Por Joab Freire.
Nascido em João Pessoa, em 1968, ‘o ano que não
acabou’, só porque a velha ‘Araçá dos Guebas’ não tinha maternidade. Teve, a
Casa de Saúde e Maternidade Santa Cecília e, novamente, não tem mais.
Eraldo Luis Braz de Morais é de Mari, igual dona
Adeci, sua santa mãe.
Quando veio ao mundo, nada a ver com ‘Macunaíma’,
havia seis anos do confronto entre camponeses e os latifundiários do ‘grupo da
várzea’. Naquele dia morreram catorze. Conflitos agrários. ‘Viva a Liga
Camponesa’.
É formado em Comunicação Social pela Universidade
Federal da Paraíba e em Direito pela Universidade Estadual da Paraíba, mas não
serve a advocacia, pois se apaixonou cedo pelo rádio, onde vive e milita. Não
gosta de terno.
Entrevistador nato, tem o dom do atrevimento, e,
ninguém como ele, é capaz de conversar no mesmo tom amistoso e coerente com
qualquer pessoa em qualquer posição política e social. Eraldo é, mesmo quando
ainda fora de moda, um humanizador.
Amigo e discípulo de Dom Marcelo Pinto Carvalheira,
Eraldo é da Igreja Popular e das Comunidades Eclesiais de Base, é devoto do
padre Mestre Ibiapina e divulgador da causa da beatificação do grande ‘Apóstolo
do Nordeste’, como disse Celso Mariz.
Em 1994, quando Dom Marcelo recebeu o Pálio de
Arcebispo Metropolitano da Parahyba, o acompanhou e transmitiu a cerimônia,
direto da Basílica de São Pedro. Foi a primeira transmissão via-satélite de
rádio para o Brasil: a Rádio Constelação FM, de Guarabira, com Eraldo e a Rádio
Aparecida, foram as pioneiras. Foi lá que apertou a mão de São João Paulo II.
Amante da cultura popular. Do cordel ao babau, Luis
também é professor de língua portuguesa. Considera sem precisão a reforma
ortográfica. Oxente é normal.
Eraldo também mantém entre seu milhão de amigos,
personalidades como os Jabuti, Laurentino Gomes, jornalista autor de
Escravidão, 1808, 1822 e 1889, e a professora Maria Valéria Rezende, autora de
O voo da Guará Vermelha, Quarenta Dias, Outros Cantos, entre outros.
E, com alegria que não se mede, é o amor de Elijane
e pai da Alice e do Luis, ‘seus dois lauzinhos’. Amor.
Não menos importante, Eraldo é sócio-torcedor do
Boró Futebol Clube, time da terceira divisão do campeonato mariense.
*Jornalista, poeta, ‘distribuidor de versos,
prestador de atenção, contador de histórias e provocador de desordens’.
