terça-feira, 25 de setembro de 2012

CASOS ESTRANHOS, MAS EXPLICÁVEIS

Sempre tenho escutado pessoas do povo, e muito pobrezinhas, reclamando a falta de atenção para com a sua situação, quando se apresentam aos servidores de secretarias municipais de assistência social, de muitos municípios paraibanos. Têm sido verdadeiramente torturadas, não se tenha a menor dúvida, por pessoas que no mínimo deveriam recebê-las bem e orientar devidamente para que pudessem melhorar a sua condição social. 


Muitas senhoras se anunciam vítimas de perseguição desses órgãos municipais, principalmente porque ali têm comparecido nos momentos devidos para comprovar a sua situação, para o ingresso no Programa Bolsa Família do governo federal, através da Caixa Econômica, porém não conseguem êxito e permanecem sofrendo com a família, à espera de outro momento para nova tentativa.  

A Bolsa Família foi instituída com a finalidade de apoiar famílias consideradas pobres (com renda mensal entre R$ 70,01 e R$ 140,00) e consideradas de extrema pobreza (com renda per capita de até R$ 70,00), pelo que lhes garante direito a alimentação e acesso a educação e saúde. Uma exigência é que a família a ser incorporada ao Programa se componha de gestantes, nutrizes, crianças ou adolescentes entre 0 e 17 anos. 

Pois bem, se para as pessoas pobres e do povo existem tantas dificuldades, e necessitam confirmar informações e comprovar rendas, como é que a filha de um secretário de prefeitura municipal, a quem cabe o salário mensal aproximado de R$ 9 mil, aparece no Programa para receber R$ 204 a partir de julho deste ano, referente aos meses de maio e junho? O nome dela constava da lista de Cadastro Único do Governo Federal, relação da Caixa Econômica Federal. O pai da “sortuda” justificou que a filha não recebeu o benefício e exibiu um documento comprobatório de que o cartão estava bloqueado. 

Ainda bem que o engano foi devidamente corrigido, porém, chama muito a atenção, uma vez que dependentes de pessoas que têm renda familiar capaz de sanar todas as situações do lar, não deveriam surgir inscritas em programas e projetos destinados a pessoas mais carentes da população. 

É preciso maior vigilância por parte das autoridades, pois, já se viu na Paraíba em vários municípios, situações anteriores em que familiares de vereadores e até de pessoas da sociedade recebiam benefícios em lugar de pessoas carentes da população, numa verdadeira afronta á sociedade.

FONTE: BLOG DO TIÃO LUCENA