Esta semana, conversava com duas
pessoas conceituadas da sociedade guarabirense, de quem gozo da amizade,
advogado Paulo Sérgio, jovem de brilhante atuação nos fóruns da região e do
próprio Estado, e empresário Celso Pinto ligado a atividades do campo e filho
do saudoso Raul Pinto, que fora pecuarista e senhor de engenho em tempos idos. Gosto
muito de conversar – ou apenas escutar – com pessoas que sabem falar de
política e seus membros sem palmilharem os caminhos da difamação e da crítica
por criticar apenas.
Os dois amigos, Paulo e
Celso, fizeram menção a pessoas que em Guarabira tiveram certa participação na
vida política e social e até hoje, mesmo falecidas, nunca tiveram os seus nomes
lembrados para denominação de ruas, praças ou avenidas.
De fato têm eles toda razão.
A Câmara Municipal precisa estar mais atenta para ver nomes que fizeram a
história guarabirense, mas isso não quer dizer que só devem ser homenageadas
pessoas que detenham títulos universitários ou outros quaisquer, componentes da
classe empresarial e seus descendentes, chefes de Estado e de executivo em
todos os âmbitos. Qualquer pessoa por mais simples que seja como o soldado, o
mecânico, o motorista de táxi, o suplente de vereador, o funcionário público, etc,
têm geralmente exercido um papel preponderante na história social e econômica
da terra.
Dentre algumas lembranças,
lhes ocorreu o nome de Sólon Benevides, de saudosa memória, que veio residir em
Guarabira com os seus familiares, e teve uma participação na vida política do
município muito importante, principalmente na memorável campanha de 1968 em que
Sílvio Porto disputou a prefeitura municipal contra Gustavo Amorim da Costa que
se sagrou eleito.
Sólon Benevides teve uma
vida política muito ativa nesta terra e aqui morando é que construiu a
adolescência dos seus filhos que estão hoje representando a todos muito bem na
capital paraibana e exercendo funções importantes: advogado Solon (Solonzinho)
Benevides, ex-Secretário de Estado e o desembargador Saulo Benevides que aqui
atuou por muitos anos como um dos mais brilhantes advogados e foi diretor da FAFIG
– Faculdade de Filosofia e professor nos cursos de História e Direito do atual
Centro de Humanidades Osmar de Aquino/Universidade Estadual.
Acho que vale a pena os
legisladores guarabirenses começarem a pensar no assunto e fazer um resgate da
história da terra que neles tem plena e total confiança, e tanto isso é verdade
que o eleitorado deu-lhes mandato.