É uma pena que os humildes
servidores municipais de tantos municípios paraibanos, estejam nestes últimos
três meses que antecedem o final de gestões desastradas que perderam as
eleições de 7 de outubro, passando por momentos de verdadeiro sufoco, uma vez
que os prefeitos derrotados estão autorizando o atraso do pagamento dos
salários de quem tanto os serviu o tempo inteiro, sem nada reclamar. As
famílias desses empregados públicos estão em polvorosa, pois não têm como
acertar as suas contas nas mercearias e açougues, sem falar dos atrasos do aluguel
de suas residências e das mensais da CAGEPA e ENERGISA.
Já vi em outros tempos, no
governo Burity II, aqui na Paraíba, essa situação na Universidade Estadual e só
Deus sabe o que os funcionários e professores passaram. Foram seis meses sem
pagamento algum, até a chegada de Ronaldo Cunha Lima ao governo do Estado, através
de eleições, para que tudo fosse normalizado. Sabiamente solucionou o problema
de todos, pagando o mês trabalhado mais um em atraso. Foi um verdadeiro caos
para os servidores da universidade.
Daí imagino o que estão
sofrendo os barnabés desse municípios, onde ninguém faz nada para melhorar a
sua situação. E volto aqui a mencionar sem receio de errar, que os salários dos
senhores prefeitos e também as suas vantagens como diárias, não estão em atraso,
podem ficar certos disso. Porém, se atrasados também estiverem em alguns casos,
só ficam dessa forma até a chegada dos dias 20 e 30 de dezembro, quando chegam
os 2 dois últimos repasses do FPM do ano. Mas ninguém se engane que os
vencimentos dos mais humildes servidores continuarão em atraso, porque estão
lhes “castigando” pelas derrotas sofridas.
Isso é simplesmente desumano
e inaceitável, porém, há que se conviver com atitudes desse tipo até que um dia
alguém resolva interceder em favor de quem silenciosamente tem que passar por tal vexame.
Um mês de salário atrasado é tão prejudicial ao empregado público que lhe trás
outras consequências e endividamento muito maior, pois, há credores que tiram
proveito dessa situação, acrescentando juros ao débito.
E nesses casos nem é preciso
dizer que a CAGEPA e ENERGISA sempre estão desligando o fornecimento da água e
da energia elétrica, em nome da moralidade, enquanto imoralmente deixam
milionários donos de hospitais e dezenas de prefeitura com débitos enormes e
incalculáveis, mas gozando do privilégio de abastecimento desses serviços.
Justiça, justiça, justiça em
favor dos pequenos empregados de prefeituras com salários atrasados por
perversão de maus administradores. Até quando se terá que ouvir o bramido de
mães de família, porque os seus esposos ou filhos estão sem receber salários mesmo
trabalhando diariamente? Quem intercederá em seu favor?