sábado, 27 de outubro de 2012

QUEM INTERCEDERÁ POR ELES?



É uma pena que os humildes servidores municipais de tantos municípios paraibanos, estejam nestes últimos três meses que antecedem o final de gestões desastradas que perderam as eleições de 7 de outubro, passando por momentos de verdadeiro sufoco, uma vez que os prefeitos derrotados estão autorizando o atraso do pagamento dos salários de quem tanto os serviu o tempo inteiro, sem nada reclamar. As famílias desses empregados públicos estão em polvorosa, pois não têm como acertar as suas contas nas mercearias e açougues, sem falar dos atrasos do aluguel de suas residências e das mensais da CAGEPA e ENERGISA.


Já vi em outros tempos, no governo Burity II, aqui na Paraíba, essa situação na Universidade Estadual e só Deus sabe o que os funcionários e professores passaram. Foram seis meses sem pagamento algum, até a chegada de Ronaldo Cunha Lima ao governo do Estado, através de eleições, para que tudo fosse normalizado. Sabiamente solucionou o problema de todos, pagando o mês trabalhado mais um em atraso. Foi um verdadeiro caos para os servidores da universidade.

Daí imagino o que estão sofrendo os barnabés desse municípios, onde ninguém faz nada para melhorar a sua situação. E volto aqui a mencionar sem receio de errar, que os salários dos senhores prefeitos e também as suas vantagens como diárias, não estão em atraso, podem ficar certos disso. Porém, se atrasados também estiverem em alguns casos, só ficam dessa forma até a chegada dos dias 20 e 30 de dezembro, quando chegam os 2 dois últimos repasses do FPM do ano. Mas ninguém se engane que os vencimentos dos mais humildes servidores continuarão em atraso, porque estão lhes “castigando” pelas derrotas sofridas. 

Isso é simplesmente desumano e inaceitável, porém, há que se conviver com atitudes desse tipo até que um dia alguém resolva interceder em favor de quem  silenciosamente tem que passar por tal vexame. Um mês de salário atrasado é tão prejudicial ao empregado público que lhe trás outras consequências e endividamento muito maior, pois, há credores que tiram proveito dessa situação, acrescentando juros ao débito.  

E nesses casos nem é preciso dizer que a CAGEPA e ENERGISA sempre estão desligando o fornecimento da água e da energia elétrica, em nome da moralidade, enquanto imoralmente deixam milionários donos de hospitais e dezenas de prefeitura com débitos enormes e incalculáveis, mas gozando do privilégio de abastecimento desses serviços.

Justiça, justiça, justiça em favor dos pequenos empregados de prefeituras com salários atrasados por perversão de maus administradores. Até quando se terá que ouvir o bramido de mães de família, porque os seus esposos ou filhos estão sem receber salários mesmo trabalhando diariamente? Quem intercederá em seu favor?