terça-feira, 2 de outubro de 2012

ALUNOS SOBRE CAMINHÕES, NUNCA MAIS

Finalmente, a Justiça Federal proibiu que estudantes fossem transportados como mercadorias, sobre a carroceria de caminhões que circulam no interior do estado da Paraíba com a maior naturalidade, realizando esse tipo de serviço, como se não existissem ônibus e vans capazes de desenvolverem essa atividade, e com um certo conforto e toda segurança possível.


Desde o mês de novembro de 2010, o Ministério Público Federal impetrara ação civil pública na Justiça Federal, solicitando a suspensão do transporte de estudantes sobre a carroceria de caminhões, e em 17 de setembro, foi proferido resultado favorável, o que muito alegra a sociedade paraibana consciente, porque muito se tem observado ao longo dos anos, quantos jovens têm sofrido acidentes e outros até perdido a vida, por conta desse tipo de serviço ineficaz e inseguro.

Alguns canais de televisão têm mostrado nos seus programas jornalísticos idêntica situação em outros estados do país, e era preciso que as autoridades tomassem um posicionamento sobre o assunto, porque sempre a lei era transgredida e de forma escancarada, como se ousar nessa questão fosse realmente eficaz e valesse a pena.

Quem mais se utilizava desse meio de transporte para alcançar as escolas, eram aqueles que residem na zona rural, numa clara demonstração de que o poder público municipal pouco se importava com a segurança dos seus adolescentes e crianças, que precisavam estudar buscando um futuro melhor. E o pior de tudo é que os prefeitos realizavam pagamentos normais aos motoristas ou proprietários dos caminhões, uns até ostentando placa de ESCOLAR acima da carroceria, como forma de identificação.

A situação era vergonhosa e saltava claramente como tal aos olhos dos observadores, criando-se uma imagem de discriminação para com os filhos dos campos rurais, pois aos outros residentes em cidades, eram oferecidos melhores conduções e seguras, como vans e ônibus escolares. Assim, todos os estudantes do interior paraibano estão agora acobertados pela Justiça Federal e o mínimo que se pode esperar é que a determinação seja cumprida fielmente.

Vê-se nos últimos dez anos que o país está mudando em muitos aspectos do seu cotidiano e para melhor, claro.