O
presidente da Comissão de Direitos Humanos, o deputado e pastor Marco Feliciano
(PSC), negou qualquer especulação de que sairia do comando da comissão. Neste
domingo (24), em entrevista ao programa Pânico na Band, da Rede Bandeirantes, o
religioso que é acusado de racismo e homofobia por movimentos sociais, rechaçou
qualquer possibilidade de deixar o cargo. Desde que foi eleito para o cargo, o
parlamentar tem sido pressionado para deixar a função. O presidente da Casa, o
deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB), já disse que a situação de Feliciano
ficou “insustentável” e que seria resolvida até terça-feira.
“Fui
eleito por um colegiado. É um acordo partidário e acordo partidário não se
quebra. Só se eu morrer”, disse o parlamentar. Feliciano afirmou ainda que
renunciar ao cargo seria como assinar um atestado de confissão de que é
racista.
“Uma
coisa é você dialogar com um adulto. Uma coisa é você chegar em casa e ter que
explicar para uma criança de 10 anos porque na escola falam que seu pai é
racista. Isso dói, isso machuca. Então, uma renúncia é como se eu assinasse um
atestado de confissão, eu sou mesmo (racista), então estou abandonando (a
comissão). Eu não sou (racista) e estou aqui para provar isso”, comentou.
O
deputado, que também responde uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) por
estelionato, também deu sua versão sobre o vídeo em que aparece criticando um
fiel de sua igreja que doou um cartão, mas não forneceu a senha. “Doou o
cartão, mas não doou a senha. Aí, não vale. Vai pedir um milagre para Deus,
Deus não vai dar e (a pessoa) vai falar que Deus é ruim”, diz ele no vídeo.
“Todas
as igrejas usam cartão de crédito. A pessoa passava o cartão na hora, é a modernidade,
é o futuro”, afirma. “Também não foi dízimo. Ali era um congresso que cuida de
mais de 30 mil crianças. A oferta levantada naquele evento era para manutenção
de tudo isso. A pessoa mandou o cartão. Eu chamei a pessoa três vezes, para ela
pegar o cartão dela de volta. Mas também temos senso de humor. Aí eu brinquei:
‘o cartão sem a senha não funciona’”, completou.
FONTE:
PORTAL
DIÁRIO de PERNAMBUCO.com.br