Brasília,
16 - Aliados do vice-presidente Michel Temer foram escalados para reafirmar que
há votos suficiente para aprovar o impeachment da presidente Dilma Rousseff na
Câmara neste domingo.
Diversos
peemedebistas chegaram há pouco no Palácio do Jaburu e concederam entrevistas à
imprensa para dizer que haviam fechado uma nova contabilidade e que os 342
votos necessários para aprovar o afastamento de Dilma estavam garantidos. Por
enquanto, o placar divulgado era o de 367 deputados a favor do afastamento e
129 contra. Ainda haveria 17 indecisos.
Segundo
o presidente em exercício do PMDB, senador Romero Jucá (RR), as informações de
que o governo estava conseguindo virar o jogo do impeachment não passava de
especulação. "Nós temos uma reserva guardada para tentar contrapor
qualquer reação do governo. É normal a presidente tentar esboçar algum tipo de
reação, a gente não esperava que eles cruzassem o braço", afirmou.
Jucá
rebateu as críticas de Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de
que Temer tentava chegar a Presidência pela via indireta e não disputando as
eleições. "O que o ex-presidente Lula chama de atalho, eu chamo de
Constituição Federal", disse referindo-se ao impeachment.
Sobre
os possíveis confrontos entre manifestantes pró e contra o impeachment, Jucá
afirmou que o governo precisa "administrar o seu pessoal" para que
não haja problemas neste domingo. "Tem que haver respeito. Até para perder
tem que ter elegância", afirmou.
Também
estiveram no Jaburu os deputados peemedebistas Leonardo Quintão (MG), Osmar
Terra (RS), Lelo Coimbra (ES), Darcísio Perondi e Carlos Marun (MS). Marun
defendeu que Dilma deveria renunciar assim que o impeachment fosse aprovado
pela Câmara e não esperar até que o processo seja finalizado pelo Senado.
Temer
voltou a Brasília neste sábado, alterando seu plano inicial de passar o fim de
semana em São Paulo, de onde acompanharia a votação do impeachment. Mais cedo,
o vice usou uma rede social para desmentir que irá acabar com programas
sociais, como o Bolsa Família, caso assuma o governo. Fonte: Portal Em.com.br