247 - O vice-presidente Michel
Temer (PMDB) confirmou, em entrevista à jornalista Eliane Cantanhêde, que é
candidato a tomar a cadeira da presidente Dilma Rousseff.
"Evidentemente que, sem ser pretensioso, mas
muito modestamente, devo dizer que tenho uma vida pública já com muita
experiência. Não falarei aqui do meu currículo. As pessoas sabem o quanto fiz
ao longo da vida. Tantas vezes secretário de segurança, três vezes presidente
da Câmara dos Deputados, duas vezes procurador-geral do Estado e agora
vice-presidente, conhecendo razoavelmente os problemas do País. Se o destino me
levar para essa função, e mais uma vez eu digo que eu devo aguardar os
acontecimentos, é claro que estarei preparado porque o que pauta a minha
atividade é exatamente o diálogo. Não que eu seja capaz de, individualmente,
resolver os problemas. Mas eu sei que por força do diálogo e, portanto, coletivamente,
com todos os partidos, com os vários setores da sociedade, nós tiraremos o País
da crise", afirmou.
Caso o impeachment seja derrotado, ele rechaça a
ideia de renunciar, como foi proposto pelo ministro Jaques Wagner. "Ao
longo desse período em que fui vice-presidente, e você sabe que estou
completando cinco anos e pouco, nunca tive um chamamento efetivo para
participar das questões de governo. De modo que, digamos assim, se nada
acontecer, tudo continuará como dantes, não é? Nada mudará", afirmou.
Temer também se diz contrário à realização de
eleições gerais. "Eu pessoalmente sou contra por uma razão: sou muito
apegado ao texto constitucional. Toda vez que se quiser sair do texto
constitucional está se propondo uma ruptura com a Constituição. E toda e
qualquer ruptura com a Constituição é indesejável para o País. A estabilidade
do País e das instituições depende basicamente do que está na Constituição e
nela não há hipótese de eleições gerais", argumentou. Fonte: .Brasil 247