Graças a Deus as chuvas chegam em muito boa hora a
vários Estados nordestinos, e com elas o homem celebra a alegria e felicidade
de poder ver diminuídos enquanto não pode apagar totalmente, tantos sofrimentos
que recebeu durante cinco anos de seca intensa. É claro que não poderá
recuperar num rápido espaço de tempo, tudo que perdeu, porém, dono de uma
enorme capacidade de resignação e luta, saberá amparado pela mão divina, reconquistar
a sua produção e todos os bens, no devido tempo.
Neste instante está lhe voltando a água, o mais
precioso dos bens, enchendo-lhe reservatórios naturais e artificiais e molhando
terras para que os animais pastem e matem a sede, enquanto a agricultura – por aqui
nestes torrões o feijão, a fava e o milho – se prepara para brotar e fazer a
alegria de todos. Como diz o nosso campesino, “uma mão lava a outra” e
abençoada(s) por Deus tudo será melhor, mais promissor.
Que bom que o paraibano agricultor, principalmente,
escancara no rosto traçado de rugas, um amplo sorriso de alegria e satisfação.
São chuvas o que motivam a sua grande esperança de fartura e de melhores dias.
Os grandes reservatórios que conduzem água às casas
nesta Paraíba, também começam a sofrer fortes mudanças conforme mostram as estatísticas
da Aesa, órgão do governo responsável pela gestão do precioso líquido. Mas
ainda há dezenas de reservatórios precisando de muitas chuvas porque a seca foi
muito, muito forte, sendo considerada por muitos especialistas como a maior estiagem
dos últimos 80 anos.
Se enquanto há vida há esperança, ao povo cristão a
certeza de que Deus não despreza os seus e lhes dá o frio conforme seus
cobertores. Tudo tem uma razão de ser, inclusive as chuvas.