247 – O
procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU)
Julio Marcelo de Oliveira admitiu nesta manhã, durante sessão da comissão
especial do impeachment no Senado, que não houve crime de responsabilidade
fiscal em 2015 por parte da presidente Dilma Rousseff.
Ele é um dos técnicos que
integram a equipe que analisou e recomendou aos ministros do TCU a rejeição das
contas do governo Dilma de 2014. Os ministros do TCU entenderam que o balanço
apresentado pela União continha irregularidades que violavam a Lei de
Responsabilidade Fiscal, a Lei Orçamentária e a Constituição. Com base nisso,
recomendaram ao Congresso a rejeição das contas da presidenta.
Na comissão do impeachment,
ele, que é um dos responsáveis pela tese das 'pedaladas fiscais', reconheceu
que não houve nenhuma antecipação de recursos da Caixa Econômica Federal ao
governo federal em 2015. A declaração foi feita em resposta a uma questão da
senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Depois disso, houve confusão no plenário,
quando a oposição percebeu que haverá um buraco na acusação.
"Isso é importante porque
a acusação se refere a 2015", comentou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
Preocupado, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) afirmou que a ala governista
tenta desestabilizar emocionalmente o procurador. Fonte: Brasil 247.