O procurador-geral da República Rodrigo Janot está a menos de
duas semanas do fim do mandato e a defesa de investigados na Lava Jato avalia
possíveis ações contra o atual chefe do Ministério Público.
Janot corre o risco de responder na Justiça a questionamentos
sobre possíveis excessos vistos por políticos nas ações das quais são alvos.
Nos últimos meses, o procurador foi o responsável pelo envio de denúncias
contra parlamentares ao STF (Supremo Tribunal Federal).
A Folha de S. Paulo destaca que o Janot já tem conhecimento
sobre a possibilidade de se tornar alvo e não pretende se aposentar
imediatamente, garantindo foro especial no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Em caso de aposentadoria, o procurador passaria a responder na primeira
instância. O mandato de Janot se encerra dia 17 de setembro.
O procurador revelou que deve tirar férias acumuladas até o mês
de abril de 2018. Na sequência, Janot disse à Folha que avalia uma licença até
o mês de julho, para então se aposentar.
A reportagem também conversou com parlamentares que revelaram
ter pedido a seus advogados que estudem a possibilidade de devolver ao
procurador as "flechadas" que ele vem disparando em acusações
formais. Os políticos querem revidar as ações do Ministério Público e seus
advogados estudam entrar com ações alegando que o procurador errou o tom ao
usar termos agressivos contra os investigados nas peças de abertura de
inquérito.
Segundo a publicação, um exemplo é que Janot escreveu que alguns
partidos políticos, como o PMDB, são "organizações criminosas" em um
documento que pedia autorização para iniciar as apurações. Fonte: Notícias ao Minuto.
OPINIÃO DO BLOG: Restará indiscutivelmente ao ministro Rodrigo Janot após o término do seu mandato em 17 deste mês, a certeza de ter dado tudo de si para corresponder ao cumprimento fiel das responsabilidades inerentes ao cargo que ocupou com decência e honradez.
O Dr. Janot teria que atrair ódio e mágoa daqueles a quem denunciou, principalmente do atual presidente Michel Temer, que se achava intocável por conta do cargo. Janot ensinou aos políticos, incluindo Temer, que ninguém pode estar eximido de denúncias, quando há elementos inquestionáveis que comprovem seu desvio de conduta ou que pratiquem atos à distancia da lei.
Cumpriu a sua obrigação e serviu à sociedade brasileira o procurador Rodrigo Janot. Aplaudamos-lhe as ações de um homem que buscou distribuir justiça, levando às barras dos tribunais todos os que estivessem errados, quer políticos ou figurões da elite brasileira.