domingo, 27 de abril de 2008

À FALTA DE BANHO...

Existem acontecimentos humanos que precisam ser recontados, ainda que depois de séculos. Afinal, o que seria do homem se não tomasse o passado como espelho para aprimorar o seu presente e estabelecer um futuro mais promissor para os seus descendentes?

Muitos fatos que nos chegam ao conhecimento atualmente, através de ciências importantes como a História, por vezes são considerados inacreditáveis, diante da extravagância do seu suceder. Chamam muito mais a nossa atenção quando ocorreram nas camadas sociais que exerceram profundas mudanças no desenvolvimento de povos e nações.

O rei Henrique VIII, da Inglaterra, após o difícil parto de sua sexta esposa Jane Seymour, recebeu como filho o menino a que deu o nome de Eduardo VI. Passadas as alegrias naturais da chegada do rebento, Jane que tinha fobia a água não aceitou que as criadas lhe fizessem a higiene completa banhando-lhe o corpo, como era de costume nessas ocasiões. Por conta dessa recusa, a jovem mãe de apenas 28 anos de idade, em pleno vigor da juventude, passou a sofrer sob fortíssima infecção que após doze dias, levou-a a óbito, deixando o rei viúvo.

Entristecido com o ocorrido, Henrique VIII autorizou o seu sepultamento após um grande funeral, no Castelo de Windsor, e quando se deu a sua morte, também foi enterrado junto a Jane.

Uma outra história sobre higiene, está ligada ao general francês Napoleão Bonaparte, que não era adepto de banhos. Quando enviava correspondências à sua esposa Josefina, prevenindo-a de que estava prestes a revê-la, tinha o cuidado de alertar-lhe que não tomasse banho, porque adorava sentir-lhe o cheiro natural.

A aversão a banho por parte de Napoleão era tamanha, que recomendava aos soldados do seu exército para não perderem tempo com esse tipo de higiene. Obediente, a soldadesca se demorava tanto para se banhar que o odor do seu suor era sentido ao longe, denunciando a sua presença todos que se achavam nas proximidades.