quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

ORIGENS DE CAIÇARA

A região de Caiçara, cuja cidade/sede tem o mesmo nome, no início da colonização paraibana era coberta de floresta onde abundavam árvores nobres como aroeira, pau-brasil, baraúna, sucupira e cedro. Para aquela área convergiam várias tribos, sendo os seus caminhos utilizados por mercadores que ali foram se fixando, enquanto outros mascates por ali passavam em busca de centros comerciais mais importantes como Nova Cruz no Rio Grande do Norte e Mamanguape no litoral paraibano onde o porto de Salema se prestava ao escoamento de grande parte das nossas riquezas.

Em 1619, Raphael de Carvalho, adquiriu ali uma sesmaria. Anos depois (1776), José de Abreu Cordeiro, conseguiu uma parte de terras, na área de Copaoba. Por volta de 1822, Luís Soares de Mendonça, adquiriu outra sesmaria na região e nesse mesmo ano, Manoel Soares da Costa e José Vicente, pequenos pecuaristas construtores de curral para acolhimento do seu gado bovino, construíram a capela da Virgem do Rosário, padroeira de Caiçara.

A área em que está a cidade de Caiçara, foi bastante freqüentada por animais pré-históricos de grande porte. Boa parte de material fóssil foi enviada para exposição em Paris, entretanto nunca se confirmou o seu recebimento. O sítio arqueológico se acha atualmente sob águas da barragem que abastece a cidade.

A palavra CAIÇARA é de origem tupi e se traduz como “cercado de emergência que se traça em estacas, com ramos espinhosos”. Há quem afirme que o nome é em virtude do cercado de pau a pique construído por Manoel Soares junto à sua residência quando ali se estabeleceu. Outros afirmam se dever a uma cerca construída pelos índios potiguaras para tocaiar e dar combate aos portugueses que tentavam tomar a Serra da Copaoba, atual Serra da Raiz.

Graças à Lei nº 758 de 6 de dezembro de 1883, Caiçara se tornou Vila da Província de Paraíba com caráter de Comarca e a quem Serra da Raiz ficou subordinada. Depois de muitas discussões, a 2 de outubro de 1884, pela Lei nº 776 Serra da Raiz alcança sua independência, graças, sobretudo ao trabalho valoroso do vigário Emygdio Fernandes d’Oliveira, com o apoio decisivo da bancada Conservadora da Assembléia Provincial. Em 10 de abril de 1940, a Lei nº 39, deu a Caiçara, definitivamente, a condição de cidade.

Localiza-se na região conhecida por Caatinga, no Piemonte da Borborema, pertencendo à Microrregião de Guarabira e Mesorregião do Agreste Paraibano. Está a 150 metros acima do nível do mar, com coordenadas geográficas de 6°36’e50” de Latitude Sul e 35°23’50” de Longitude Oeste. Tem um clima quente e seco, porém ameno em determinados períodos do ano e é banhado pelo rio Curimataú.

Limita-se ao Norte com Logradouro e Nova Cruz-RN: ao Sul com Belém e Serra da Raiz: ao Leste com Lagoa de Dentro, Jacaraú e Duas Estradas e ao Oeste com o município de Campo de Santana (Tacima).

A população caiçarense é de 4.239 habitantes: 2.109 homens e 2.130 mulheres. 1.008 residem na área urbana e 3.231 na zona rural.