

A zona rural de Desterro, Sertão paraibano, festeja a sua segunda colheita de milho e feijão, graças à força das chuvas que vindas no tempo certo, encheram barreiros, riachos, açudes e o rio, permitindo que o chão fertilizado e produtivo, gerasse lavoura de subsistência para uns e de lucro para os mais abastados. É o momento da festa da transformação.
A hora é de fartura e bonança, alegrando a tantos que choram por muitos anos, as longas estiagens que maltram a terra e as criações. Nesses instantes de desespero, mulheres católicas além das orações erguidas a Deus, no recôndito dos seus lares, juntam-se a outros sertanejos sofredores e com a imagem de São José, protetor dos agricultores, percorrem partes dos seus sítios em procissão, na esperança de que seus pedidos sejam atendidos. É um momento triste, onde o desespero fala mais alto, procurando na fé uma resposta dos céus para o término dos seus sofrimentos.

A colheita do milho verde garante a fartura de comidas típicas da região: canjica, pamonha (doces e salgadas), bolos e milhos assado e cozido. Após a janta, os que apreciam boas festas se destinam a Itapetim, a 12 quilômetros, para a tradicional Festa de São Pedro, padroeiro da bela cidade pernambucana.