quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Soledade


Importante cidade da Mesorregião do Agreste Paraibano, a cidade de Soledade está localizada geograficamente na Região da Borborema e integra a Microrregião do Curimataú Ocidental. O município limita-se ao Norte com o município de Seridó, ao Sul com o município de Boa Vista, ao Leste com os municípios de Olivedos e Pocinhos e ao Oeste com os municípios de Juazeirinho e Gurjão.
Diante da sua estrutura geológica, produz minerais não-metálicos e metálicos, e gemas.

As suas origens se dão numa parte da fazenda do português João de Gouveia e Sousa, entre os sítios Olho d’Água do Tapuia-Pega e Barra das Vacas. O povoado passou a ser conhecido pelo nome de Malhada das Areias Brancas e começa a tomar forma com a passagem do padre José Ibiapina que edificou em 1864, um cemitério para inumar as vítimas da peste do cólera-morbo, bem como uma capela. Assim, o missionário ajudou a população que anteriormente enterrava os seus entes queridos em São João do Cariri, a 70 quilômetros de distância. Com o passar do tempo, a capela foi ampliada e se tornou do tamanho do cemitério. Em seu entorno foram sendo construídas casas da população e assim nasceu o lugar.

A construção da via férrea interligando as cidades do Sertão à capital do nosso Estado, além de conduzir riquezas agropecuárias, se transformaria, também em importante meio amenizador do sofrimento do povo, quando os trens ali chegariam conduzindo o precioso líquido que mataria a sede da população.



Graças à Lei Provincial nº 682 de 3/101879, o povoado foi elevado a sede de distrito, com o nome de Soledade, e em 24 de setembro de 1885, passou a Vila e município, definitivamente. Para mitigar a sede sertaneja, acentuada devido às intensas secas que maltratavam o homem destruindo-lhe a lavoura e dizimando as suas criações, em 1909 o prefeito (Inácio) Claudino Alves da Nóbrega, coronel Dino, recebeu apoio do governo federal com a construção de um reservatório d’água pelo IOCS – Instituto de Obras Contra as Secas. No governo de Getúlio Vargas, o combate à estiagem se daria entre 1918-45, pelo IFOCS – Instituto Federal de Obras Contras as Secas. Futuramente o órgão passou a DNOCS – Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, e além desse reservatório d’água na cidade de Soledade, foram construídos açudes e estradas, empregando-se os agricultores pobres que não tinham como produzir na terra atingida pelas secas intensas.
 

A cidade organizada é cortada pela BR 230, que segue em busca do Alto Sertão Paraibano e cidades do Estado do Ceará, principalmente. O comércio selecionado na principal avenida, onde também está a Igreja matriz, é composto ainda de ótimos restaurantes e lanchonetes, atendendo durante o dia inteiro aos muitos turistas e viajantes que por ali transitam cotidianamente. 

OBSERVAÇÃO: por email recebido nesta data (17/11), o prefeito de Soledade cujo nome aparece na 4ª linha abaixo da foto nº 02 (ponte da linha férrea), está escrito errado porque não tinha Inácio. Portanto, deve ser considerado como Claudino Alves da Nóbrega, apenas.