Profª Nininha: Martinho Alves, nós, que fazemos o Clóvis Bezerra sentimos felizes pelos elogios recebidos de Vossa Senhoria e ter visitado a nossa humilde escola e presenciado o nosso trabalho, que conforme foi denominado de II Amostra de Arte e Cultura. Iniciamos na quarta-feira a noite tendo como abertura um SARAU que repercutiu muito bem, com a participação dos alunos e ex. alunos do Clóvis Bezerra, todas as fotos já estarão disponíveis no álbum do meu orkut dividos em dois álbuns de 100(cem fotos) acesse o restante das fotos. Tentei postar em seu blog um comentário em agradecimento ao comentário que fez, porém não consegui enviar, fica aqui o meu agradecimento, valeu mesmo! Os professores acessaram e também comentaram da felicidade de ter recebido a sua visita em nossa humilde escola. Os alunos também estão acessando e se sentindo importante kkk, até Sérgio Almeida acessou e mandou e-mail pra me comentando da felicidade que teve de ter visto o nome do Clóvis Bezerra enaltecido. Abraço e volte + x

Fiquei maravilhado com a grande exposição que promoveram os estudantes, de forma determinada e muito organizada, sala a sala do colégio e com a quantidade de material recolhido na cidade com pessoas mais antigas. Mostraram assim que há uma integração entre escola e comunidade, elo muito importante para o progresso educacional e cultural de todos.

Moedas, peças de artesanato, ferros de brasa, pilões, roupas antigas, mimeógrafos a óleo e álcool, primeiro projetor de cinema de Dona Inês, oratórios, bíblias, imagens, quadros religiosos e de pessoas antigas da cidade, radiola e discos de vinil, apetrechos de trabalho rural, roupas antigas femininas, aparelho de rádio dos anos 70, telefones antigos e câmeras fotográficas, fotografias de Bananeiras, João Pessoa, Ingá e principalmente de Dona Inês, destacadamente as que mostram o início da organização da cidade, desfiles, relógios e etc., foram um convite a quem gosta de cultura e conhecimentos. O melhor de tudo é que o alunado e professores estavam de plantão orientando e mostrando as fases e séculos em que esses objetos serviram à população.

Na sala em que as bíblias de vários anos, foram expostas, um professor ex-seminarista falava de cada uma e da religiosidade do povo, com verdadeira paixão e amor. Observei que uma ou duas senhoras além de acompanhar as explicações desse mestre, sobre Jesus quando deixou os pais e se deu à convivência com o mundo, interagiam e falavam do assunto com a maior naturalidade e conhecimento de causa, claro que dentro dos seus limites de conhecimentos. Muito interessante, o que presenciei, o encontro entre gerações falando apaixonadamente sobre um assunto que une tantos.

Num cantinho que podia chamar de SAUDADE, encontrei as fotos de pessoas que Deus já levou à Sua mansão celestial como Iêda (quanta saudade) e Fabiano, em convites para missas de 7º dia. Como a História é bonita e apaixonante, e traz à lembrança pessoas que me foram caras como o casal.
Revi ex-alunos da Universidade, que conviveram comigo em sala de aula, passeios a Ingá e Pedra da Boca e/ou em conversações nos corredores do Campus. Naquele momento, o saudosismo emocionou e correu solto. Tempos que não voltarão jamais. Deixei amigos e os revi agora. Aliás, em todos os municípios que visito, até do Rio Grande do Norte, reencontro pessoas que estiveram comigo em sala de aula e isso me deixa muito, muito emocionado, mesmo.

Sei das dificuldades que enfrentam todos os educandários estaduais, graças a seis anos de um governo que muito pouco se preocupou com reformas dos prédios e distribuição de material escolar com o alunado mais carente. Entretanto, se todos os gestores fizessem os mesmos esforços que a professora Nininha Alcântara e seus educadores/alunado, a situação seria muito diferente e a sala de aula não seria um tormento para tantos e tantos adolescentes. Em verdade, a aula de campo, de interação entre aluno e povo, expositiva como a que assisti, chama muito mais atenção e interesse do aluno que está cansado da rotina. Uma simples mudança como essa na Escola Gov. Clóvis Bezerra, renova energia de todos e colhe frutos culturais muito mais fortes e saudáveis.