DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
Em 9 de janeiro de 2003, nascia o Projeto de Lei nº 10.639, estabelecendo o Dia da Consciência Negra, homenageando os negros que no Brasil tiveram importantíssimo papel, nos aspectos religioso, gastronômico, econômico e político. A sua referência maior é a Zumbi, líder dos negros escravizados que se refugiaram na região de Palmares, e morto em luta renhida a 20 de novembro de 1695, quando resistiu às investidas dos representantes dos dominadores do Brasil Colonial. Representou a luta do negro contra a escravidão e a opressão dos portugueses estabelecidos no país.
Antes da vigência dessa data, parecia que toda a História do Brasil havia sido feita apenas e tão somente pelos brancos e sem participação alguma das raças negra e indígena.
Os negros foram declarados libertos no Brasil, através da Lei Áurea assinada pela Princesa Isabel, a 13 de maio de 1888, após muitos movimentos em favor da sua libertação, que geraram a Lei do Ventre Livre (1871) e Lei dos Sexagenários (1885), também conhecida como Lei Saraiva-Cotegipe. A Paraíba se destacou na elaboração e discussão da Lei Áurea, principalmente pela participação atuante do nosso representante Cardoso Vieira.
Conforme nos mostra a historiadora Carmem Coelho (História da Paraíba; 1982), antes da homologação da Lei Áurea, na Paraíba, Areia se sobressaiu com a libertação de 178 escravos, por ação de Joaquim Henrique da Silva e Simeão Patrício Senior, e em Mamanguape, mais de 20 negros também foram alforriados.
O Quilombo de Palmares, da época do Brasil Colônia, era encravado na região que hoje faz o município de Palmares, cujo nome é originário da abundância de palmeiras como dendê, pindoba, ouricuri, babaçu e carnaúba na área, estando geograficamente localizado como município, na região Mata Sul do Estado de Pernambuco. O município nasceu a 9 de junho de 1879, conforme Lei Provincial número 1.458 e se emancipou do município de Água Preta, tendo sido conhecido anteriormente como Povoado dos Montes, Trombetas e Povoado do Una.
