É extremamente
lamentável que enquanto a cidade de Guarabira se desenvolve, também se faça
acompanhar de momentos violentos em que parte da população jovem seja a mais
atingida e venha em consequência a perder a vida em plena via pública.
A
população em geral vive estupefata diante desses acontecimentos tristes e
desesperadores, principalmente para os familiares dos que têm a vida ceifada.
Hoje à tarde, véspera
do dia de finados, os transeuntes da avenida Dom Pedro II foram obrigados a
assistir aos disparos feitos por alguém em plena via publica, contra um
rapaz que não resistiu aos ferimentos e veio a óbito ainda no Hospital Antonio
Paulino Filho. Não lhe deram o direito de defesa, atingindo-o nas costas, de forma vil e covarde.
Mais uma família
chora o filho e o parente que se foi de forma violenta e prematura, sem ter
tido o direito de viver plenamente a própria vida, e de em termos de trabalho, conseguir o
próprio sustento e desse mesmo tirar parcela financeira para ajudar aos pais ou familiares.
O que está acontecendo
com a nossa juventude, quando boa parte dela tem sido violentamente arrebatada
à vida, sem conseguir desenvolver os seus sonhos e ideais? Como fazer para
estancar esses acontecimentos lamentáveis e garantir à juventude guarabirense o
direito de viver mais tempo, de poder envelhecer enquanto protege aos
familiares que constituiu?
Alguma coisa está
errada e não se pode achar isso - a morte -, um fato natural.
Algo em sociedade e na própria família de cada jovem precisa ser realizado e
com muita mão firme para que hajam mudanças e de forma muito rápida e eficaz.
Não é mais possível se continuar a assistir silenciosamente a esses
assassinatos terríveis que assombram as famílias e maltratam a sociedade.
Viver apenas e tão
somente de promessas de providências e/ou de orações não é mais possível. É
hora da sociedade como um todo cobrar ações mais efetivas não apenas das
famílias e do sistema policial, mas dela mesma. É chegada a hora de reagir enfaticamente, até. Todos precisam se irmanar em
busca de soluções porque o problema não é apenas de quem perde familiares, dos
jovens que morrem, mas de todos, sem dúvida alguma e principalmente dos que permanecem vivos.
Ativos sempre e
inertes nunca mais.