Marcelo
Brandão – Repórter da Agência Brasil
Movimentos
populares de todo país devem se reunir no próximo domingo (1º), em frente ao
Congresso Nacional, para protestar contra a corrupção. De acordo com o professor
Josemar Dorilêo, integrante do Movimento Brasil Livre, pelo menos cinco estados
serão representados no dia da posse dos novos deputados e senadores.
“No
domingo, virão caravanas de São Paulo, Goiânia, Salvador, Belo Horizonte e do
Rio de Janeiro. A partir das 8h, estaremos concentrados em frente do Congresso
Nacional”, disse o professor. Adiantou que os ativistas devem fixar 300
cartazes ao longo da Esplanada dos Ministérios, com mensagens contra a
corrupção e pedindo o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Conforme
Dorilêo, as denúncias de corrupção na Petrobras motivaram os manifestantes. “Já
realizamos atos no portão da Embaixada dos Estados Unidos, um 'faxinaço' nas
proximidades da sede da Petrobras e um buzinaço pela moralidade. Mas esta é a
primeira aliança de todos os movimentos”, explicou Dorilêo.
Segundo
ele, são dez movimentos, organizados em redes sociais, que se uniram para o ato
de domingo.
“A
meta é contar com o maior número de pessoas que querem um país sem corrupção,
um país limpo, um país decente. Nossos movimentos são contra a corrupção.
Precisamos unir os movimentos oposicionistas do Brasil em nossas
manifestações”, ressaltou a médica Neila Aidar, uma das organizadoras do ato.
O
domingo também será movimentado no Congresso. Além da posse dos novos
parlamentares, PT e PMDB disputarão o comando da Câmara dos Deputados. Apesar
de compor a base governista, o PMDB lançou Eduardo Cunha, enquanto, pelo PT,
Arlindo Chinaglia tenta retornar à presidência da Casa.
Líder
do PSB na Câmara, Júlio Delgado (MG) corre por fora e também concorre. A
eleição já é considerada a mais disputada desde 2005, quando o então deputado
Severino Cavalcanti (PP-PE) derrotou o petista Luís Eduardo Greenhalgh (SP).
No
Senado, a disputa pela presidência envolve apenas o PMDB, partido de maior
bancada (19 senadores) e, por isso, com a prerrogativa de indicar o presidente.
Renan Calheiros (AL) e Luiz Henrique são os candidatos.
A
eleição para a presidência da Câmara e a Mesa Diretora da Casa ocorrerá após a
posse dos deputados para a próxima legislatura. Se nenhum dos candidatos
conseguir a maioria absoluta dos votos, a eleição pode ser em dois turnos. O
mesmo vale para os cargos da Mesa.
Fonte:
Portal Brasil 247