O jornal argentino La Nación publicou uma
entrevista na qual o Papa Francisco recordou que as pessoas divorciadas em nova
união não estão excomungadas, e esclareceu que a solução pastoral para elas não
passa por deixar-lhes receber a comunhão.
Durante a entrevista, o Santo Padre assinalou que
esta realidade foi abordada pelos bispos reunidos no Sínodo da Família
em outubro de 2014.
“No caso dos divorciados que voltaram a casar,
perguntamo-nos: O que fazemos com eles? Quais são as portas que podemos
abrir-lhes? E essa foi uma inquietação pastoral: Então vão receber a comunhão?
Dar-lhes a comunhão não é a solução. Somente isso não é a solução, a solução é
a integração. Não estão excomungados, é verdade. Mas não podem ser padrinhos de
batismo, não podem ler a leitura na Missa, não podem dar a comunhão, não podem
ensinar catequese, há cerca de sete coisas que eles não podem fazer. É como se
tivessem sido excomungados! Precisamos abrir um pouco mais as porta”.
“Por que não podem ser padrinhos? ‘Não, olha, que
testemunho vão dar ao afilhado’. Testemunho de um homem e uma mulher que lhe
digam: ‘Olhem, querido, eu errei, eu patinei neste ponto, mas acredito que o
Senhor me ama, quero seguir o Senhor, o pecado não me venceu , mas eu sigo adiante’.
Mais testemunho cristão que esse?”, perguntou Francisco.
“Quando vem um destes políticos corruptos que temos
para ser padrinho e está bem casado pela Igreja, você o aceita? E que
testemunho vai dar ao afilhado? Testemunho de corrupção? Ou seja, temos que
voltar a mudar um pouco as coisas…”, explicou o Pontífice à jornalista
Elisabetta Piqué.
Por Catholicus.com